Neste caso da imposição das supertarifas sobre produtos exportados para os Estados Unidos e que começará a vigorar dentro de exatamente uma semana, existe muita espuma no meio e ela é provocada por três razões diferentes, pelo menos, na minha avaliação:
1o - Desconhecimento exato do problema, ou seja, desta queda de braço iniciada pelo presidente Trump.
2o - Reações absolutamente fora de propósito por parte do governo federal nomeado lulopetista.
3o - Noticiário que reflete o que acontece de fato dos dois lados, mas em geral sabidamente histérico, ideolologicamente despropositado ou escandalosamente dirigido para causar confusão.
Pelo menos.
Vamos por partes, como dizia Jack, o Estripador:
O tamanho do problema:
O diktat exato do desafio americano tem três pontos diferentes: 1) Comercial, na imposição de tarifas de 50% sobre produtos importados pelos Estados Unidos. 2) Político, vinculando qualquer acerto comercial ao caso de julgamento justo para Bolsonaro e liberdade para os brasileiros. 3) Geopolítico, que é o caso da inserção do desafio comercial num contexto geral de reposicionamento estratégico político e econômico dos Estados Unidos, o que inclui os movimentos de confronto movidos pelos membros do Brics.
Então, à análise:
1) As supertarifas
O caso das tarifas de 50% - O governo brasileiro vem atuando na base do morde e assopra, mais mordendo do que assoprando diante do gigante, nada conseguindo com as bravatas e negaças. O interlocutor principal que nomeou, no caso o vice Geraldo Alckmin, só ontem conseguiu contato consistente com um membro de primeiro escalão do governo americano (leia nota mais abaixo).
A coisa mais perto de algo parecido com contato de melhor nível é a ida de uma comissão de 8 senadores para Washington, dia 28. Eu publico os nomes e a agenda deles. Um vexame. O grupo sequer será recebido na Casa Branca ou por qualquer sub do sub do sub do governo dos EUA, pelo menos de acordo com a agenda conhecida.
A presença de 3 senadores da oposição dentro do grupo dos 8, irrita tremendamente a oposição e desqualifica a missão, mas isto é reação politicamente fora de propósito. São os casos de dois ex-ministros de Bolsonaro, Tereza Cristina e Marcos Fortes. E mais Espiridião Amin.
Lá, nos EUA, o deputado Eduardo Bolsonaro avisou: nem vem sem travar Moraes, porque não tem.
Então não tem.
2) Reações despropositadas do governo lulopetista e noticiário enganoso da imprensa.
Ontem, nesta 5a. feira, começaram a aflorar com mais clareza o movimento infantiloide desenvolvido pelo governo federal nomeado lulopetista, que é o de apostar numa queda de braço entre os interesses dos Estados Unidos e da China. O governo do PT acha que pode jogar um contra o outro.
Em chamo a atenção para 3 notícias plantadas:1) O Brasil estaria buscando criar um GPS próprio em conjunto com a China. 2) O governo lulopetista quer trazer os cartões de crédito Union para se contrapor aos cartões americanos. 3) O Brasil está disposto a dar uma de Cuba e enfrentar embargos americanos.
É tudo delírio puro.
Apesar de tudo isto, o governo lulopetista, via seu vice Alckmin e outros interlocutores menos contaminados pelo vírus anti-imperialista, demonstram disposição para conversações, mas não parece haver mais tempo e disposição do governo Trum para algum acerto imediato.
Então, no curto prazo, é melhor se preparar para o pior.
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O jumento ate hoje não aprovou o embaixador americano..os americanos sequer tem um contato de alto nivel no Brasil......pobre do povo que elege um jumento palanqueiro e bravateiro como lider....a desgraça é merecida....
ResponderExcluirComplementando, mais duas questões:
ResponderExcluir1 - Foi o próprio Donald Trump quem vinculou o tarifaço ao Bolsonaro, ao publicar em sua rede social que estava ocorrendo uma caça às bruxas pelo governo Lula; ou seja a politização dessa questão das tarifas já está no DNA desse debate;
2 - Em relação especificamente aos cartões de crédito, o que incomoda mesmo é o PIX, que movimenta bilhões e não está sob o guarda-chuva da Visa e Mastercard. Começa a ser aceito fora do Brasil, sem a cobrança de qualquer tipo de taxas (que é o que faz os cartões de crédito ganharem dinheiro), possibilita a conversão de moedas, sem utilizar o dólar, e a partir de setembro a possibilidade de parcelamento, abalando o mercado de cartões de crédito.