O relatório mais recente do Banco Central e dados consolidados pela UNCTAD (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento) confirmam uma notícia que caiu como bomba no mercado financeiro: o Investimento Estrangeiro Direto (IED) no Brasil despencou em 2025, acumulando apenas US$ 33,8 bilhões no primeiro semestre, queda de 10,7% em relação ao mesmo período de 2024.O IED é considerado o “dinheiro de longo prazo”, aquele que realmente transforma a economia. Diferente dos fluxos especulativos que entram e saem com rapidez, o investimento estrangeiro direto financia fábricas, infraestrutura, tecnologia, agronegócio e serviços. É o capital que gera empregos, renda e transferência de conhecimento. O Brasil vinha de um período de relativa estabilidade nesse indicador, atraindo entre US$ 60 e 70 bilhões anuais nos últimos anos. Mas em 2025, o ritmo caiu para patamares não vistos desde 2021, em plena pandemia.O México atraiu mais de US$ 36 bilhões no mesmo período, impulsionado pelo nearshoring, tendência de empresas americanas transferirem suas cadeias produtivas da Ásia para países próximos.A Índia bateu recordes ao receber mais de US$ 70 bilhões em 2025, consolidando-se como destino preferencial para tecnologia, energia limpa e manufatura.
As razões têm a ver com o incompetente governo atual: cenário fiscal incerto com dívida pública projetada para 84% do PIB até 2028, aumento de impostos, insegurança jurídica, instabilidade política e restrições de acesso das exportações brasileiras para o principal mercado consumidor do mundo, os Estados Unidos.
O cenário futuro é de menos fábricas, menos investimentos em energia, menos empregos qualificados, ou seja, baixo crescimento, atraso tecnológico e de crescimento econômico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário