Alex Pipkin, PhD
Quem me acompanha sabe que, entre as bebidas que contêm álcool, só aprecio uma: o vinho. Talvez por isso a analogia me venha de forma tão clara. A juventude não pode ser perdida, mas ela vem sendo embriagada com um vinho adulterado – não aquele néctar dos deuses, um tinto honesto – mas uma mistura traiçoeira, feita para enganar. Escolas, universidades e redes de informação servem diariamente essa bebida doce e enganosa, que promete grandeza moral e certezas absolutas. Muitos jovens bebem sem questionar, e enquanto o gosto parece agradável, acreditam estar no caminho da virtude. Mas toda embriaguez cobra seu preço. A ressaca da realidade não perdoa.
Ah, como a realidade vivida é dura. A vida é mesmo dura, e sempre foi. Não há almoço grátis, não existem milagres econômicos. Só o trabalho, a responsabilidade e o enfrentamento do real corrigem as ilusões. A experiência ensina, mas esperar apenas por ela é arriscado. Cada ano de atraso é uma juventude que se afasta ainda mais da verdade, mergulhada em fantasias coletivistas e nos fantasmas da opressão e da desigualdade, em suas mentes, ainda em formação, tudo isso conduzindo ao atraso.
No Brasil, um dos venenos mais persistentes é a ignorância econômica. Políticas populistas são vendidas como ciência, mas não passam de truques baratos que já fracassaram incontáveis vezes. São garrafas antigas, rotuladas de maneira sedutora, escondendo a mesma miséria de sempre. Inflação, desemprego, perda de liberdade. A juventude, sem preparo crítico, aplaude como se fosse novidade, quando a história já mostrou que esse vinho é amargo e destrutivo.
A mídia cumpre, nesse banquete tóxico, um papel nefasto. Em vez de promover diversidade de visões, tornou-se o sommelier dessa embriaguez. É ela quem enche as taças, distribuindo narrativas prontas, embaladas como música agradável para ouvidos já treinados a rejeitar o contraditório. Muitos jovens, sem perceber, vivem de goles fáceis, acreditando estar bem informados, quando na verdade apenas se afastam da sobriedade do pensamento livre.
Romper esse ciclo exige coragem para buscar outra fonte. É preciso provocar os jovens a ouvir vozes dissonantes, a confrontar dados que não são confortáveis, a experimentar o gosto áspero da realidade. E, acima de tudo, é fundamental que comecem a conviver – mesmo tentando – com pessoas que tomam vinhos honestos de verdade, que pensam diferente, que desafiam suas certezas. Essa experiência é transformadora, e os efeitos são reais: percepção crítica, entendimento da complexidade do mundo e resultados positivos na forma de escolhas mais conscientes.
Não podemos permitir que essa juventude siga intoxicada por populistas e por uma mídia cúmplice. O futuro não pode ser entregue a quem vive de rótulos enganosos e narrativas entorpecentes. É hora de chamar os jovens à sobriedade. Evidente, dura, sim, mas grandiosa. Porque apenas de olhos abertos, livres do vinho adulterado, poderão escolher o vinho honesto da verdade, áspero no início, mas capaz de sustentar a liberdade e o progresso.
A juventude precisa de modelos virtuosos factualmente. Eu me pergunto: será que o modelo dessa juventude será mesmo essa senhora denominada de Janja? É lamentável, não? Quem deseja verdade e liberdade deve compreender que não basta acordar, é preciso enxergar. Não basta olhar, é preciso ver. Não basta seguir, é preciso escolher, mais com a razão, menos embriagado de sentimentalismos.
Só assim se caminha livre, e para frente.
Pelo que se percebe está geração que está aí está fadada ao fracasso. Talvez investindo a próxima terá olhos abertos e mente sadia.
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