Condenado pelo juiz Sérgio Moro a 9 anos e meio por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já declarou que recorrerá em todas as instâncias. O próximo passo do ex-presidente, portanto, é apelar ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, onde o recurso do petista será analisado pela 8.ª turma, formada por três desembargadores.
Victor Luiz dos Santos Laus
Victor Luiz dos Santos Laus | FOTO: Sylvio Sirangelo/TRF4
Vindo de uma família de advogados e desembargadores e formado na Universidade Federal de Santa Catarina, Victor Luiz dos Santos Laus, 54 anos, é ex-procurador da República no MPF e o mais experiente de sua turma no TRF-4, onde trabalha desde 2003. Apesar de não aplicar decisões muito severas, Laus é famoso no meio jurídico por ser um juiz bastante rígido e de postura silenciosa. Além de analisar os recursos da Lava Jato na segunda instância, ele ainda julga os processos da Operação Carne Fraca, em que a JBS é investigada.
Gebran Neto
Aos 52 anos, João Pedro Gebran Neto atua no TRF4 há pelo menos quatro. Recentemente, ganhou o título de doutor honoris causa em Direito à saúde e foi coordenador do Comitê Executivo da Saúde do Paraná. Ex-promotor do Estado do Paraná, Gebran se considera amigo de Moro, que "colaborou decisivamente com sugestões e críticas" para um de seus livros. Ambos fizeram mestrado com o mesmo orientador na Universidade Federal do Paraná no início dos anos 2000. Por isso, os advogados de Lula já argumentaram contra Gebran, afirmando que ele tem "estreitos e profundos laços de amizade com o juiz Sérgio Moro".
Leandro Paulsen
Leandro Paulsen | FOTO: Sylvio Sirangelo/TRF4
Doutor em Direitos e Garantias do Contribuinte pela Universidade de Salamanca, na Espanha, Leandro Paulsen tem 47 anos. Se tornou juiz federal aos 23, logo após o fim da sua graduação, e já foi auxiliar da ministra Ellen Gracie no Supremo Tribunal Federal (STF). Dedicou toda sua carreira ao Direito Tributário, tema sobre o qual já escreveu 11 livros, mas desde sua posse no TRF-4, em 2013, passou a trabalhar na área penal. Ao lado de Moro e Fachin, esteve na lista tríplice para ocupar a vaga de Joaquim Barbosa no mesmo tribunal.
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