- Artigo do vice-governador do Estado, José Paulo Cairoli
Diante da necessidade do Estado em rever seu papel e
garantir aos cidadãos os itens básicos para seu bem-estar, o plebiscito que o
governo gaúcho está propondo é mais um passo para retirarmos as algemas que
aprisionam o Estado a um pesado passado. A modernidade começa pela liberdade de
se expressar, e a opinião de cada gaúcho será valorizada em sua essência a
partir desta escolha que é mais que um direito: é uma obrigação do gestor
público conhecer a posição de seus cidadãos diante das crises financeiras e de
valores em que estamos mergulhados. Precisamos começar a melhorar nossa
história e escrever um futuro grandioso. O primeiro passo é definir se sim ou
não para o Estado continuar sendo dono da CEEE, Sulgás e CRM. Quando opinarem,
os gaúchos vão dizer se concordam com a função do Estado em gerar e distribuir
energia e gás. Com esta resposta será possível planejar se gastaremos com estas
empresas que estão com sérios problemas financeiros ou se usaremos os recursos
na educação, na saúde, na segurança, na infraestrutura e em estratégias que
rompam com a inércia da falta de investimento. O segundo passo é valorizar o
cidadão. Para isto, nossos representantes no Legislativo precisam estar em
sintonia com o pensamento coletivo e tornar o plebiscito viável. Nas
democracias, o vencedor é sempre a maioria. Quem não gostaria de ver os parcos
recursos aplicados em benefício de todos? Nosso desejo é um Estado parceiro do
cidadão que precisa das garantias para progredir, trabalhar, estudar, ir e vir,
e eliminar os riscos da falta do Estado na vida de cada um de nós. É mais fácil
resolver este impasse que nos consome, retira nosso oxigênio, e vai eliminando
aos poucos nossas esperanças e corroendo nosso futuro, via plebiscito. A opção
é direta: ou vamos pagar pela ineficiência das estatais ou vamos pagar pelo
bem-estar de todos? Esta será a escolha.
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