O novo chanceler brasileiro, o porto-alegrense Ernesto
Araújo, terá um trabalho difícil como novo titular do Ministério das Relações
Exteriores (MRE), a começar pela reengenharia ideológica a ser promovida no
próprio Palácio do Itamaraty. Os chamados “barbudinhos”do MRE que durante 14
anos defenderam a diplomacia do globalismo, empurrando o Brasil
para a busca de influência entre ditaduras e republiquetas bananeiras, devem
estar preocupados. Araújo é um diplomata experiente, culto, decente e
retoma um posto que já foi ocupado por homens que honraram a politica externa
brasileira como Roberto Campos, Oswaldo Aranha, José Maria Paranhos Júnior
(Barão do Rio Branco), Ruy Barbosa, San Tiago Dantas, entre outros tantos que
fazem parte dos anais do Itamaraty. O Brasil se apequenou de tal maneira nos
governos Lula e Dilma que sequer reagimos quando Evo Morales tomou na marra e
com ajuda militar as propriedades da Petrobrás na Bolívia. Nas bastasse a
humilhação, o “chanceler do B”, Marco Aurélio Garcia (falecido em 2017)
não viu nada exagerado na expropriação boliviana. Foi o mentor da política
externa brasileira, parceiro de Celso Amorim, o titular do MRE. Garcia apoiava
as FARCs, piscava o olho para Kadafi, para Omar Al-Bashir (o genocida do Sudão)
e tentou (e deu vexame) apoiar Manuel Zelaya, presidente deposto de Hunduras,
asilando-o na embaixada brasileira, em Tegucigalpa, quase provocando uma guerra
civil naquele país. Foram essas opções diplomáticas que levaram o Brasil a ser
considerado um “anão diplomático” ou um país reconhecido internacionalmente,
“não por seus juristas, mas por suas dançarinas”, na definição do deputado
Ettore Piovano (Partido Conservador Liga Norte) quando concedemos asilo ao
terrorista Cesare Battisti. E a tentativa de pressão sobre o governo da
Indonésia que condenou à morte traficantes brasileiros? Dilma telefonando
para o presidente Joko Vidodo pedindo clemência e recebendo uma lição de não
interferência em assuntos internos de uma nação, de qualquer nação. Clemência e
solidariedade tiveram características conflitantes. Demos asilo a terroristas e
simpatizantes do narco-terror (Battisti e o padre Olivero Medina, “capelão” das
FARCs, cuja ficha está arquivada na Abin), mas entregamos os atletas cubanos
que pediram asilo, durante os Jogos Pan-Americanos de 2007, no RJ. Fica
evidente que nossas trapalhadas no cenário internacional tinham o aval do
Itamaraty, comandado pela dupla Garcia-Amorim, instituição que também se
aparelhou e afastou o Brasil de seu tradicional alinhamento com países
democráticos e identificados com a civilização ocidental e cristã. Vejam quem
está protestando contra a indicação de Ernesto Araújo para se ter a certeza do
acerto da indicação do diplomata gaúcho por Jair Bolsonaro. Araujo vai
dignificar a memória de Oswaldo Aranha e fazer-nos esquecer de Celso Amorim.
Excelente análise.
ResponderExcluirNa mosca!
ExcluirPerfeito.
ResponderExcluirBullseye, Rogério! E que bom que vc também pôde dar o seu "grito do Ipiranga"! Grande abraço!
ResponderExcluirquero ver a carinha do teu amiguinho Jurema!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMagnífico texto. Obrigado.
ResponderExcluirPelo que tenho lido nas manifestações, me parece que a escolha do presidente BOLSONARO não foi nada ruim, a não ser para a turminha do "Ele Não". BRASIL acima de tudo, DEUS acima de TODOS!
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