Nota da prefeitura


A Prefeitura de Porto Alegre esclarece que, durante um ano e meio de gestão, sempre manteve o diálogo aberto com o Sindicato dos Municipários (Simpa). Foram inúmeras reuniões, sem que nenhuma sugestão de alternativa tenha sido apresentada para evitar o parcelamento de salários já anunciado por governos anteriores e de conhecimento público.

Ao contrário do diálogo construtivo, o Simpa escolheu agir de forma agressiva, com interesses partidários e eleitorais acima dos interesses dos municipários. Essas ações desqualificam o debate e são repudiadas pelo governo e pela sociedade, não contribuindo para a solução dos reais problemas da cidade, que é o nosso maior compromisso.

O atraso do salário dos servidores é o último reflexo de decisões equivocadas, cuja maquiagem para que fossem pagos em dia levou os cidadãos mais carentes a defasagem de décadas em investimentos em drenagem (R$ 3,5 bilhões), vagas em creches, saneamento (44% de esgoto não tratado), pavimentação de vias, entre outros serviços básicos não entregues à população da capital gaúcha. Os números da prefeitura são públicos e estão dentro da política de transparência da atual gestão, sendo atestados por análises reiteradas do Tribunal de Contas do Estado.

Apresentamos à Câmara de Vereadores as únicas soluções para esse problema estrutural do município. O Simpa, por outro lado, mostrou ao Legislativo e a sociedade a face mais egoísta e radical de um sindicalismo ultrapassado. Por isso, o governo municipal só voltará a receber representantes do Simpa quando a greve for encerrada e o respeito, restaurado.

Neste momento, Porto Alegre precisa de união. Os problemas são de todos e devem ser resolvidos em harmonia. Quem mais sofre com a falta de recursos é a população mais pobre, que com a greve fica carente de serviços essenciais, como o atendimento à saúde. Vivemos um período crítico, de frio intenso, e vidas podem ser colocadas em risco com esta paralisação irresponsável.

Enfim, desejamos, em nome da população de Porto Alegre, o encerramento imediato da paralisação e a volta de um debate racional sobre o desequilíbrio financeiro, que é um problema estrutural da cidade.

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