Acabou o namoro entre o MBL e Bolsonaro


O namoro fake do Movimento Brasil Livre com o presidente da República acabou antes de virar noivado. Que bom!!!

Logo no começo do governo, lideranças do MBL, como o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) e o estadual Arthur do Val (DEM-SP), conhecido como Mamãe Falei, perceberam que as ideias conservadoras do presidente não se equadravam com o perfil do movimento.
Um dos primeiros sinais públicos do descontentamento do MBL ficou evidente no final de março, quando o governo não tinha nem completado seus 100 primeiros dias e pipocaram declarações do presidente antagônicas ao discurso do MBL.
O estopim da revelação o namoro fake, foi a mistura de um metal com uma fruta. Desde quando era deputado, Bolsonaro já dizia que o nióbio, mineral que, com o ferro, cria uma superliga, mais resistente, poderia ser uma das salvações da economia brasileira. Essa teoria não é exatamente novidade na política. O ex-deputado Enéas Carneiro (1938-2007), candidato a presidente três vezes, e como Bolsonaro perseguido pela esquerda e pela extrema imprensa, também falava sobre o assunto.
No discurso do então candidato do PSL, o nióbio defendia a ideia de que o Brasil é um país com imensas riquezas, mas não vai para a frente porque não sabe explorá-las ou protegê-las da cobiça dos estrangeiros. Já eleito, Bolsonaro seguiu numa linha semelhante. Prometeu proteger o nióbio e impor barreiras à entrada de bananas importadas do Equador para beneficiar produtores brasileiros. As falas na direção de proteger os produtores brasileiros foram demais para os libertários do MBL.
Na quinta-feira 9 de maio, falando a Revista ÉPOCA na sede do MBL, um galpão com estilo de centro acadêmico na Vila Mariana, bairro da Zona Sul de São Paulo, Renan Santos, um dos coordenadores e o principal formulador da linha de ação do MBL, subiu vários tons na crítica.
"O governo Bolsonaro é o maior inimigo da direita republicana, que é o que a gente defende", disse Renan.
Guitarrista amador, Renan acredita que o estilo alternativo deve fazer parte da estética da “nova direita”. Antes de ajudar a fundar o MBL, ele chegou a estudar Direito na Universidade de São Paulo (USP) e diz ter tido uma empresa metalúrgica. Não concluiu a faculdade e teve de fechar a empresa. Um estudante e empresário em tanto não ?
Ao discorrer sobre o cenário político, Renan abusou dos gestos e não deixou de lado os palavrões. Quando se empolgava com uma formulação ou com a recordação de algum fato marcante, batia com as mãos nas próprias pernas. Para ele, o problema do governo tem nome e sobrenome: Olavo de Carvalho. Na visão do MBL, o Filósofo “não acredita nas relações republicanas” e na política pelas vias institucionais.
Defender que a articulação política é crime vai contra o que a gente representa. O Bolsonaro é a morte de nossa ideia, disse Renan.
Parece-nos que o MBL tem bastante interesse na questão de que a “articulação política” de Bolsonaro com o “PSDB e MDB” seja vitoriosa, aos velhos moldes do toma lá, dá cá.
Assim como o MBL, outros que tiveram forte ligação no passado com o esquemão do PT, também fazem questão de atacar o presidente. O economista Delfim Neto, o empresário Flávio Rocha, das lojas Riachuelo, os comentaristas políticos Reinaldo Azevedo e Demétrio Magnoli, e até mesmo o músico Lobão, estão fazendo coro contra Bolsonaro.
Na avaliação do Movimento Avança Brasil, todos esses nunca deixaram de fazer parte do stablishment e agora estão apenas mostrando a sua verdadeira face.
Fica uma pergunta final: por que que o MBL, que se diz defensor do liberalismo, não dá transparência total de suas contas, mostrando quem os financiou desde 2014 até hoje?

4 comentários:

  1. Lamentável cada um querendo arrancar um pedaço desse país; verdade, o MBL foi fundamental na derrubada do PT mas, agora, posicionarem-se contra, só pode reforçar aquilo do por quê saimos às ruas. Sei, Bolsonara parece-me batendo cabeça mas, isso é exatamente o quê a velha política quer: que nada dê certo!!!!

    ResponderExcluir
  2. É quase impossível saber o que se passa na cabeça de alguém, mas a um observado arguto é possível ver e sentir no tom da voz, nos trejeitos, nas expressões do semblante quando o motor que move o orador é a ambição, ainda que disfarçada em amor a Deus e à Pátria. A sabedoria nos ensina que nosso pior inimigo em potencial é nosso melhor amigo. Todavia, para quem tem Fé e sabe que a Providência é infalível, aguarda serenamente, combatendo o duro combate, ciente da vitória final e confiante de que os louros deste mundo apodrecem cedo e só os que estão inscritos no Livro da Vida se perpetuarão. Deus acima de tudo, Brasil acima de todos!

    ResponderExcluir
  3. É bom quando descobrimos o lado que as pessoas escolheram!

    ResponderExcluir
  4. Polibio Braga, quero te parabenizar pelo excelente trabalho que faz pela sociedade de bem deste país!

    ResponderExcluir