O ministério da Economia apresentou a proposta orçamentária para 2021,
com previsão de déficit primário de R$ 233,6 bilhões. A meta de resultado
primário se tornou flexível do lado das receitas, ajustadas de acordo com o
PIB, enquanto os gastos são estabelecidos pela regra do teto. O salário
mínimo proposto é de R$ 1.067, sem aumento real. Em relação ao cumprimento
do teto de gastos, a proposta inclui cortes principalmente nas despesas
discricionárias, que devem atingir o menor patamar histórico, quando
corrigidas pela inflação. Ainda ontem, foi divulgado o resultado primário do
setor público de julho, deficitário em R$ 81,1 bilhões. O Governo Central
teve déficit de R$ 88,1 bilhões, enquanto os governos regionais e as
empresas estatais foram superavitários em R$ 6,3 bilhões e R$ 790 milhões,
respectivamente. Esse saldo positivo dos estados e municípios foi motivado
pelos repasses federais, como medida de auxílio financeiro. Em doze meses,
as contas públicas acumularam saldo negativo de R$ 537,1 bilhões (7,5% do
PIB). Dessa forma, a dívida bruta avançou de 85,5% do PIB para 86,5%.
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