Manaus vive novo estado crítico

  Somente no domingo, último dia com dados disponibilizados pelo serviço funerário da prefeitura, foram 49 enterros, dos quais 15 foram de vítimas do coronavírus. Até setembro, a média diária de sepultamentos na cidade era de 30.

A capital do Amazonas, que foi uma das primeiras cidades brasileiras a enfrentar colapso nos serviços de saúde por causa da pandemia, teve no último domingo  o maior número de hospitalizações num único dia desde maio: 88. De acordo com o governador, Wilson Lima (PSC), já são 7 dos 11 hospitais particulares da cidade com lotação máxima nas vagas de UTI (unidade de terapia intensiva).

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o total de vagas em UTI exclusivas para pacientes com vírus chinês é atualmente de 206 em todo o Estado. Somando também os leitos clínicos, o número de vagas a pessoas infectadas pelo coronavírus chega a 806.

É muito pouco. Manaus tem 1,7 milhão de habitantes. Porto Alegre, 1,5 milhão de habitantes, tem 816 leitos de UTIs e 350 deles estão ocupados por infectados pelo vírus chinês. 

O Amazonas registrou mais de 195 mil casos de covid-19 desde o início da pandemia. Desses, 79.512 foram diagnosticados em Manaus, o que corresponde a 40% do total. Morreram 3.328 pessoas vítimas da doença na cidade e 5.206 em todo o Estado, que é uma das unidades da Federação com maior taxa de mortes por milhão de habitantes: 1.237. A média do Brasil é de 905 mortes por milhão.


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