O IPCA avançou 0,71% em março, ficando abaixo das
expectativas (0,77%). Em relação à nossa projeção, a surpresa se concentrou em alimentação e energia
elétrica. Os demais componentes, no geral, ficaram dentro do esperado, com desaceleração de serviços e
deflação de bens duráveis. Com isso, a média dos núcleos desacelerou para próximo de 5% em termos
anualizados. Entre os serviços subjacentes, a desaceleração na margem foi motivada pelos preços de
aluguel, condomínio e alguns serviços de transportes. Porém, a inflação de serviços no geral segue
pressionada. Ao mesmo tempo, a dinâmica dos preços de bens de consumo tem melhorado,
especialmente duráveis. A queda dos preços de eletrodomésticos/eletrônicos e a ligeira deflação de
automóvel novo chamaram a atenção nessa leitura. Além disso, vale destacar a desinflação dos
alimentos, explicada sobretudo pelo alívio dos preços de carnes e produtos in natura. Esperamos uma
desaceleração do IPCA acumulado em 12 meses ao longo dos próximos meses, atingindo o menor nível
em junho (ao redor de 4%), voltando a subir no segundo semestre e encerrando o ano em 6,2%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário