Propinas na Smed

 O escândalo envolcve seis vendas de livros e laboratórios para a Smed, somando R$ 43,2 milhões. 

A Polícia Civil acusa o advogado Maicon Morais, ex-alto funcionário da prefeitura de Porto Alegre, por ter recebido propinas no valor de R$ 556 mil por parte do empresário Jailson da Silva, que está foragido e que é o principal protagonista de um escândalo ocorrido no âmbito da secretaria municipal da Educação. A informação é da RBS de hoje, que desvendou o caso em 2023, transformado na Operação Capa Dura, cujo primeiro resultado foi a prisão da própria secretária, derrubada em seguida.

O inquérito aberto revela crimes de fraude licitatória, associação criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva e ativa envolvendo a Smed. 

A suspeita da polícia é de que Maicon, através do seu escritório de advocacia, tenha agido como um operador financeiro entre Jailson e o então chefe de gabinete do vereador afastado Pablo Melo (MDB), Reginaldo Bidigaray, de quem é amigo, ex-colega de faculdade e de trabalho na prefeitura.Maicon teria feito 12 transferências que somaram R$ 85,5 mil para Bidigaray. Após deixar o gabinete de Pablo em abril de 2023, Bidigaray se tornou CC na Procuradoria-Geral do Município (PGM), ocupando o posto até 18 de novembro de 2024.

O vereador afastado Pablo Melo também é considerado suspeito no inquérito por supostamente ter usado de influência política para aproximar Jailson da prefeitura.

A Polícia Civil identificou que Pablo teria depositado via pix mais de R$ 391 mil em uma plataforma virtual de apostas esportivas. A investigação busca decifrar se Pablo tinha condições financeiras para fazer o aporte tendo um salário líquido de cerca de R$ 13,3 mil como vereador. Ele ocupou o cargo até 12 de novembro, quando foi afastado das funções públicas por ordem judicial. Também foi identificado que, do montante creditado na plataforma de apostas, Pablo teria feito o resgate de R$ 287 mil. A suspeita é de que as operações teriam sido utilizadas como meio de lavagem de dinheiro.

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