Se o pós guerra exigiu um Plano Marshall, sob a liderança dos EUA, para reconstruir sua própria estrutura econômica e a de alguns dos países afetados, na Europa, hoje a sociedade ocidental carece de um novo Marshall, mas desta feita para se recompor nos planos da ética e da moral, de um lado, e de resguardo/ reconquista de suas democracias republicanas, de outro.
Do jeito que a coisa vai, o modo ocidental de viver, das liberdades coletivas e individuais, de crença e de pensamento, será inteiramente sepultado e inscrito no rodapé dos livros de história, logo ali.
No Brasil, em especial, a penumbra tomou conta do ambiente democrático( o verdadeiro, cuja base tem ancoragem nas liberdades individuais). A verdade, é fato patente, deixou de ser o pilar que sustenta a sociedade pela via das virtudes de seus líderes. Como sustentou Nietzsche, " Quando dizem "bin gerecht"( sou justo) sempre isso soa igual a: " ich bin gerächt"( estou vingado").
O atual mandatário desta "infeliz" nação, que o diga. Ele está vingado e, pelo andar da carruagem, mais e mais vingança vem por aí. O verdadeiro bandido quando encarna a essência da bandidagem no seu gene, não mais encontra limites para sua insanidade mental. E, ainda por cima, se acha o mais inocente, puro e amado ser já parido na face da terra.
Esse sujeito está, sem dúvida alguma, à serviço do demônio, com o qual deve ter firmado uma combativa e destruidora parceria. Representa tudo que de mais asqueroso há nos escaninhos das mentes humanas poluídas de excremento tóxico do mais mortal que existe.
Ainda lembrando o insuspeito Nietzsche em suas Considerações Extemporâneas, " estamos
sofrendo as consequências das doutrinas pregadas ultimamente por todos os lados, segundo as quais o Estado é o mais alto fim do homem e, assim, nada há de mais elevado objetivo do que serví-lo. Considero tal fato não um retrocesso ao paganismo, mas sim um retrocesso à estupidez". Bem atual e apropriado, não é mesmo?
Já mais recentemente, ao comparar o homem aos animais, Winston Churchill afirmou que têm, sim, semelhanças, com a ressalva de que estes últimos não se " deixam liderar por quaisquer estúpidos". Tudo a ver.
Silvio Lopes, jornalista, economista e palestrante.
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