Artigo, Omar Ferri Junior - O Tribunal do Santo Ofício

Não causa estranheza alguma a confirmação dos Julgadores do Ex-Presidente Bolsonaro no STF, Ministros Alexandre de Moraes, Flavio Dino e Cristiano Zanin, aliás, esta história já foi contada. Tal qual o período Medieval, nossa Suprema Corte se espelhou no Papa Gregório IX, século XIII, para instituir no Brasil o Tribunal do Santo Ofício do Século XXI. A perseguição, outrora a hereges e feiticeiros, passou a ser a quem não comunga das mesmas ideias e pensamentos de seus algozes. Todo aquele que ousar discordar ou criticar uma posição ideológica ou apenas de uma narrativa fantasiosa criada exatamente como um plano maquiavélico servindo de pano de fundo para em um só grito vociferarem pela “democracia”,  tão ameaçada naquele fatídico dia 8 de janeiro, por um golpe imaginário que estava ocorrendo sem nenhuma arma, nenhum tanque, nenhuma faca ou sequer um canivete, vindo agora a ser festejado, pela esquerda, como o dia da vitória da democracia sobre os “fascistas golpistas”. 

“Os fins justificam os meios” já dizia Nicolau Maquiavel, dono também da frase “É melhor ser temido do que amado, se não se pode ser ambos”. É exatamente isto que está acontecendo em nosso país onde todos temem o “Ministocrata” Supremo Alexandre, pois ele é a vítima, o investigador, o juiz e o presidente Tribunal do Santo Ofício. Nunca na história do Brasil um personagem foi tão odiado e ao mesmo tempo tão temido como o Ministro Inquisidor. Nunca um Ministro vilipendiou, desrespeitou e menosprezou tanto uma Constituição, lei sagrada de uma nação com a conivência dos demais Ministros e até idolatria de alguns

Pois é.... “Perdeu Mané”, este temor está cada vez mais feroz, fazendo com que pessoas procurem exílio político como o caso de vários jornalistas, colunistas, blogueiros e agora o Deputado Eduardo Bolsonaro, chamado de bananinha pela esquerda vingativa. Reza a lenda que Brizola foi acusado de seus adversários políticos de fugir do brasil vestido de mulher em 1964. Verdade ou não, em um período inquisitorial como o que estamos vivendo hoje na ditadura do judiciário – lembrando Rui Barbosa “A pior ditadura é a ditadura do Poder Judiciário. Contra ela, não há a quem recorrer” –, ou em 64 no período da ditadura militar, procurar exílio político é um direito. Clezão, Débora e outros tantos não tiveram a mesma sorte de se exilar para não ser preso ou morto. Todos temem o Supremo! No Congresso, quem tem o rabo preso sustenta esta panaceia e flerta com o autoritarismo. Já os que não tem rabo preso, ou recolhem-se à sua insignificância ou estão fadados a serem colocados no xilindró pelo inquisidor. Não resta outra alternativa, o último a sair apague a luz, frase que sintetiza o final melancólico da democracia brasileira. 

Por fim, a única incógnita nossa é saber ao certo quantos anos de cadeia será sentenciado o Ex-Presidente, pois como já disse Vicente Matheus (Ex-Presidente do Corinthians) “haja o que hajar” Bolsonaro já é culpado e será condenado. Deve agradecer a Deus por não existir mais a condenação à Forca, por que se existisse, seria enforcamento em praça pública para servir de exemplo do Poder Inquisitorial Supremo do século XXI.

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