Artigo, especial, Marcus Vinicius Gravina - PEC da segurança pública ou Cavalo de Troia

A Revolução Constitucionalista de 1932 não foi esquecida pelos inquilinos do Ministério da Justiça, que compõem a força pretoriana do império Lulista, conquistado na “Batalha das urnas eletrônicas sem voto impresso”.  

Ao lado dela, nos anos 60, outra insurreição eclodiu em solo gaúcho sob a denominação de “Movimento da Legalidade”. 

A primeira durou meses de combates contra tropas federais. Houve rendição dos paulistas e um acordo de pacificação. Pretendeu, sem sucesso, a deposição de Getúlio Vargas que havia assumido à presidência por um destes golpes, que se sucederam no país desde a proclamação da República. 

Apontaram-se vários motivos para tirá-lo do governo central. Um deles foi o fato de não aceitarem ver o Estado de São Paulo governado por um Interventor nomeado por Vargas, vindo de fora 

No levante do Rio Grande do Sul contra as forças militares sob o comando de Brasília, sem presidente eleito pela renúncia de Jânio Quadros, deu-se o contrário.  Exigia-se a tomada de posse na presidência da República ao vice-presidente João Goulart, o Jango. Foi ganha no “grito” do porão do Palácio Piratini, sem nenhum tiro e o Jango tomou posse.

Os Comandantes militares da época resistiram em aceitá-lo como presidente. Não tinham simpatias com o regime comunista. No dizer da esquerda apoiadora do atual governo, aqueles militares eram muito “caretas”, nada “progressistas”. 

As duas passagens históricas são do conhecimento de pessoas mais maduras. Não irei perder tempo com um grande número dos jovens alienados de hoje, porque a maioria do povo ainda não pode ser chamada de massa amorfa. 

A lembrança destas disputas pelo poder, têm tudo a ver com a ardilosa PEC da Segurança Pública, em votação no Congresso Nacional. 

Direto ao assunto, vou dizer que esta PEC foi  dourada para ser engolida pelos incautos - é uma astuta manobra de desarmamento dos Governadores de Estados, com o mesmo propósito da campanha de desarmamento dos cidadãos, para que eles não tenham meios de sublevação contra a tirania de um governo da União, dominado em parceria por um Cardeal Richelieu incumbido das prisões, multas e torturas  garantidoras das muralhas da “ Praça dos Três Poderes”.

Senhores Governadores, não entreguem as suas Forças Policiais Militares e Civis.  O direito à propriedade privada sofrerá a próxima investida. Nossa Constituição foi rasgada. Precisamos retomar o direito dos cidadãos terem suas armas. 

Caxias do Sul, 27.05.2025



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