O balanço que se pode fazer da primeira semana daquilo que a lei e os operadores do direito costumam chamar de oitivas, na verdade uma espécie de interrogatórios, o que mais destaque receberam foram pelo menos o que falaram 5 das mais notáveis testemunhas do processo a que responde Bolsonaro e mais 33 réus na ação movida pela PGR no STF sobre suposta tentativa de golpe de Estado.
O editor refere-se às testemunhas da PGR, portanto da PGR e do relator e inquisidor-mor Alexandre de Moraes, no caso o ex-comandante do Exército Freire Gomes e o ex-comandante da Aeronáutica Baptista Júnior. Estão também neste caso de grande repercussão nacional, as testemunhas de Bolsonaro e de outros réus, no caso o também ex-comandante do Exército, Júlio Cesar de Almeida, nomeado a pedido do próprio Lula e que ficou no cargo 20 dias, mais o general e atual senador Hamilton Mourão, na época vice-presidente de Bolsonaro, além do ex-ministro da Defesa e ex-deputado Aldo Rabello e do atual comandante da Marinha, Marcos Olsen.
A não ser pelo brigadeiro Baptista Júnior, testemunha da PGR e de Moraes, todos os demais: os generais Freire Gomes, Arruda e Mourão, o ex-ministro da Defesa Aldo Rebello e o atual comandante da Marinha, Marcos Olsen, todos os demais desconmstruiíram os principais pontos da narrativa feita pela PF, pela PGR e por Moraes, de que Bolsonaro e seu entorno teriam tentando um golpe de Estado.
O mais contundente foi o general comandante do Exército, Freire Gomes, até há pouco linchado moralmente como melancia pelos bolsonaristas. Ele desmoralizou a narrativa toda da PF, da PGR e de Moraes, inclusive o noticiário mentiroso da mídia tradicional, realizado durante meses e meses, apoiando as mentiras contadas: o general desmentiu que tivesse dito que prenderia Bolsonaro, negou que nas reuniões com Bolsonaro tivesse sido apresentado uma minuta de golpe, negou que o ex-assessor Filipe Martins tivesse lhe procurado e nunca ouviu o almirante Almir Garnier, então ministro da Marinha, falar em apoiar um golpe de estado.
Todos os outros generais e o atual comandante da Marinha, Marcos Olsen, desmontaram as mentiras espalhadas pela PF, PGR e PF.
O balanço ou balancete da semana é de que o atual julgamento político não é apenas uma farsa, mas é também baseado em mentiras.
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Por último, vale a apena registrar dois outros fatos que expuseram o relator do processo, o ministro Alexandre de Moraes, a um papel cada vez mais parecido ao de um irado inquisidor, cada vez mais parecido com os verdugos do Processo de Moscou o com a Rainha de Copas da Alice no País das Maravilhas.
Esta semana, Moraes voltou a ser o inquisidor que ameaçou e induziu Mauro Cid, tudo porque chamou de mentiroso o general Freire Gomes, 50 anos de caserna, e porque ameaçou de prisão o ex-ministro da Defesa Aldo Rabello, simplesmente porque todos não quiseram confirmar o que ele queria ouvir.
Este destempero de Moraes não se deve apenas ao desmonte deste processo, mas deve-se sobretudo à ameaça do governo dos Estados Unidos de aplicar a Lei Maginitsky para cima do ministro, cassando-lhe o visto de entrada em território americano, mas também confiscar-lhe ativos existentes lá, e mais do que isto: tornando-o um pária internacional, do tipo no qual já estão incluídos tiranos como Maduro e Putin.
Esta não é uma ameaça vã, já que ela partiu da boca do próprio secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, em declarações dentro da Câmara de Representantes.
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