Saiba mais sobre a fraude processual promovida por Moraes, segundo Tagliaferro

 Senadores e deputados da Oposição acabam de anunciar que encaminharão ao STF as provas recebidas de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Alexandre de Moraes, relativas aos registros de supostas irregularidades cometidas no gabinete do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). Tagliaferro apresentou à Comissão de Segurança Pública, dia 2, registros relacionados ao caso dos empresários que discutiram golpe de Estado em grupo no WhatsApp. O caso foi revelado pelo Metrópoles.

A operação da PF (Polícia Federal) contra um grupo de empresários mirou nomes como o de Luciano Hang, da rede de lojas Havan; e Afrânio Barreira Filho, do restaurante Coco Bambu.

Apesar da operação ter ocorrido em 23 de agosto de 2022, os materiais técnicos que o embasaram teriam sido produzidos pelo então assessor entre 26 e 29 de agosto.

O ex-assessor afirma ter sido procurado por Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete de Moraes, para que fossem confeccionados documentos adulterados para justificar a operação contra os empresários.

Tagliaferro diz que criou mapas mentais e um relatório em momento posterior à ação da PF.

“Não teve nenhuma investigação pública. Não se sabia se de fato esse grupo estava falando a coisas de atos antidemocráticos. Foi simplesmente pela matéria do Guilherme Amado [no Metrópoles], no qual o Alexandre de Moraes resolveu fazer uma busca de pensão e pagar para ver”, afirmou.

A Comissão de Segurança Pública do Senado Federal recebeu Tagliaferro na terça-feira, dia 2. A audiência na comissão presidida pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ocorreu simultaneamente ao primeiro dia de julgamento do pai dele, Jair Bolsonaro, no STF.

Ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Tagliaferro foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por vazamento de mensagens trocadas entre servidores do gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Ainda este mês, Moraes pediu extradição de ex-assessor acusado de vazar dados sigilosos. O Ministério da Justiça informou que enviou solicitação ao Itamaraty em 20 de agosto, para formalização junto ao governo da Itália, para onde Tagliaferro se mudou neste ano.


Nenhum comentário:

Postar um comentário