A produção industrial gaúcha caiu 11% em maio sobre abril, feito o ajuste sazonal pelo IBGE, conforme o editor informou no início da manhã (leia abaixo). No País a queda foi de -10,9%.
Maio registrou o maior tombo em quase dez anos.
Na relação com maio do ano passado, a queda foi de 10,8% na produção das fábricas gaúchas.
A culpa foi da paralisação dos caminhoneiros. Durante a greve, as empresas tiveram dificuldades de receber insumos e de escoar a produção. Várias paralisaram as atividades e até dispensaram funcionários.
Dos 14 segmentos pesquisados, 13 tiveram queda de produção em relação ao ano passado. O recuo que mais pesou no cálculo ocorreu nas fábricas de produtos alimentícios. A produção caiu cerca de 50%, o que respondeu por um terço da queda média do Estado. O problema não fica da porta para dentro da empresa. Chegou ao consumidor em aumento de preços já, como vimos na inflação de junho. Os alimentos foram a principal pressão de alta no IPCA.
Depois, estão fumo, máquinas e equipamentos. O segmento de veículos automores e carrocerias produziu mais de 30% menos. Apenas metalurgia teve um pequeno crescimento.
Os indicadores de junho ainda devem trazer impactos da greve. Demora para ajustar a produção que ficou total ou praticamente parada por dez dias. Há empresas, inclusive, que estão trabalhando aos sábados para recuperar o tempo que ficaram paradas. É o caso da Marcopolo.
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