O IPCA-15 registrou alta de 0,13% em agosto, arrefecendo ante a alta de 0,64% registrada no mês anterior, conforme divulgado ontem pelo IBGE.
O resultado ficou em linha ligeiramente acima da mediana das expectativas do mercado (0,10%).
Essa descompressão foi explicada pelas menores variações de seis dos nove grupos que compõem o índice, com destaque para a deflação de 0,9% em transportes. Contribuiu para esse movimento tanto o recuo dos preços de passagens aéreas, como a maior queda dos preços de combustíveis, com a devolução dos aumentos provocados pela greve no setor de transportes. Os preços de alimentação desaceleraram na margem, influenciados pela deflação de alimentação no domicílio, enquanto alimentação fora do domicílio acelerou e surpreendeu para cima. Mais uma vez, a média dos núcleos apresentou leve aceleração na margem, mas ainda permanece com dinâmica benigna, indicando que os componentes mais sensíveis à atividade econômica seguem contidos. Essa aceleração dos núcleos, que está relacionada com os itens mais ligados ao câmbio, como os bens industriais, está incorporada em nosso cenário e, portanto, não coloca viés para nossa projeção de alta de 4,1% do IPCA este ano. Para agosto, acreditamos que a inflação seguirá em trajetória de descompressão, com variação próxima de zero.
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