Em
Porto Alegre, um grupo de mães e pais articuladinhos convocou, para 18/02/19, a
realização de um "café da manhã", nas lanchonetes de oito bons
colégios, para recepcionar os alunos ao início do ano letivo. A malandragem é
clara, um ato que obedece ao que ditou Guilherme Boulos horas após a eleição de
Bolsonaro: "Seremos resistência".
É
uma grande patuscada ideológica. Para começar, o que eles querem é fazer a
cabeça dos filhos dos outros, que os seus próprios já estarão catequizados. O
negócio é envolver os adolescentes ainda não doutrinados, arregimentando-os
para infernizar o novo governo.
Aliás, há um aspecto que beira o cinismo. Ao que parece, o motor da iniciativa
é uma tal Associação Pais & Mães pela Democracia. Mas o que entendem por
democracia? As atitudes, os refrões, as ameaças, tudo o que expressaram depois
do resultado das urnas em 2018, trombeteando uma "resistência",
revela incapacidade de reconhecer a legitimidade do que o eleitor escolheu. É
aquela mentalidade: "adversário é inimigo!" Isso é autoritarismo
puro! Como falar em democracia?
A
maioria até pode estar de boa-fé, mas muito desinformada. Vamos lá. Só duas
questões para testificar a desinformação dos pressurosos pais: Quantos deles
saberão o que é o Foro de S. Paulo? E quantos saberão no que teria dado o
infame Plano Nacional de Direitos Humanos, que Lula, guiado pelo tal Foro,
felizmente sem sucesso, tentou implantar em 2009?
Quem não consegue responder com clareza não compreende as maquinações
subterrâneas do projeto de poder que, em 2018, foi representado por Boulos e
Haddad, que dão as tintas para a tal "resistência". E quem compreende
e apoia está de má-fé.
Na
miopia desses alienados, que não entendem a democracia, é usurpação haver um
governo que não siga o ideário da raivosa esquerda.
Pois que fique claro, nem mesmo a omissão dos demais pode legitimar essa
investida ideológica. Erram no conteúdo, erram na forma. Não é democrático o
propósito de arruinar o governo do Brasil para favorecer o projeto de poder da
esquerda. E democrático não é arrogar-se o papel de fazer a cabeça dos filhos
dos outros.
Renato Sant'Ana é Psicólogo e Advogado.
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