A cada dia que passa mais se firma a convicção de que o
Brasil é um país realmente extraordinário nas aberrações de sua vida
pública; nada se verá de parecido no mundo atual, no passado e possivelmente no
futuro. Há demonstrações diárias e concretas dessa degeneração psicótica das
“instituições da sociedade civil”, cuja função, na teoria, é fornecer os
parâmetros, a segurança e o equilíbrio para o país funcionar com um mínimo de
chances. Faça o teste: daqui para frente, ao acordar de manhã a cada dia,
verifique se você consegue chegar até a noite sem ser atropelado por algum
absurdo de primeira classe produzido pelos que resolvem como será a sua
existência, quais as suas obrigações e qual o custo a pagar para viver por
aqui. Conseguiu? Impossível, a rigor, não é; mas a experiência mostra que é
muito difícil. Acabamos de viver, justo agora, um dos grandes momentos deste
processo permanente de depravação de valores, conduzido pelos peixes mais
graúdos da “organização social” brasileira. O ministro da Justiça, Sergio Moro,
apresentou, apenas 30 dias após chegar ao governo, um conjunto de medidas
essenciais, urgentes e tecnicamente impecáveis para combater o crime e a
corrupção que fazem do Brasil um dos países mais lamentáveis do planeta. E de
onde vem, de imediato, a oposição mais enfurecida contra as medidas de Moro?
Não dos criminosos ─ de quem, aliás, não se perguntou a opinião. A guerra
contra a proposta vem da Ordem dos Advogados do Brasil, de juízes do Supremo
Tribunal Federal, de integrantes do Ministério Público, dos filósofos que
frequentam o mundo das comunicações e por aí afora. É uma espécie de ode ao
suicídio.
O resumo da ópera é o seguinte: todas essas forças, mais
as diversas tribos de defensores do “direito de defesa”, acham que o grande
problema do crime no Brasil é que existe punição demais para os criminosos, e
não de menos. Há excesso de presos sofrendo dentro dos presídios, argumentam
eles. A noção de que a impunidade incentiva diretamente o crime, segundo as
mesmas cabeças, é uma construção da “direita branca”, da classe média e dos
grandes interesses econômicos para impedir a organização dos pobres e sua
ascensão social. Na visão do PT, expressa de imediato pelo professor Fernando
Haddad, o ministro Moro está errado porque não propôs nada contra a verdadeira
criminalidade no Brasil: ela está no “genocídio da população negra”, na
“letalidade da polícia” e no “excesso de lotação nos presídios”. O pacote de
Moro, segundo todos, é “apenas repressivo” ─ e crime, como se sabe hoje em dia,
não pode mais ser combatido com repressão. O que o governo deveria fazer,
então? Deveria estabelecer “canais de diálogo” com a sociedade, promover o
“desarmamento da polícia”, para evitar a morte de “suspeitos da prática de
crimes”, a soltura de presidiários que estão “desnecessariamente” nos
presídios, a redução no “excesso de prisões” e mais o que se pode imaginar no
gênero.
Muito pouco disso, na verdade, é fruto da inocência ou da
compaixão pelo ser humano. O que realmente sustenta o movimento em favor do
crime, sempre disfarçado como ação para promover os direitos legais dos
criminosos, é o interesse material dos advogados que os defendem. Esqueça a
massa de pobres diabos amontoados no presídio de Pedrinhas ou algum outro
inferno parecido: esses aí, a OAB e os escritórios de advocacia milionários,
querem mais é que se lixem. O que lhes interessa, mesmo, é manter, ampliar e
criar leis e regras que permitam deixar eternamente em aberto os processos
contra os clientes que lhes pagam honorários de verdade. São os corruptos,
traficantes de drogas, contrabandistas de armas, empresários, sonegadores de
imposto ─ as “criaturas do pântano”, de que fala o ministro Paulo Guedes. O
resto é pura conversa fiada. O que importa, mesmo, é que a culpa do réu nunca
seja “provada em definitivo”. Enquanto houver crimes e processos que não
acabam, haverá cada vez mais fortunas em construção.
"Enquanto houver crimes e processos que não acabam, haverá cada vez mais fortunas em construção."
ResponderExcluir-- A advocacia criminal vive de 80 a 90% disso. E de 10a 20% de salvar possíveis inocentes.
Apesar de todo recrudescimento social de que somos todos vítimas e algozes, reconhecer a "Inocência" do Estado ante toda essa onda de desumanização e culpabilizar a OAB, que sempre se manteve firme e vigilante em prol dos direitos fundamentais constitucionalmente garantidos,significa, in casu, negar a própria relevância da IMPRENSA LIVRE, IGUALMENTE CAPAZ DE FOMENTAR A DEMOCRACIA, EM TORNO DE UMA SOCIEDADE FIRME,FORTE E SEM PROTAGONISMOS UNIPESSOAIS...
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ResponderExcluirNão queres sentir-se ameaçado pela autoridade? Faze o bem, e ela o honrará. 4Pois ela serve a Deus para o teu bem. Mas, se fizerdes o mal, teme, pois não é sem razão que traz a espada. É serva de Deus, agente da justiça para punir quem pratica o mal.
https://bibliaportugues.com/kja/romans/13.htm
O "tempo" da Organização dos Amigos de Bandidos está contado, medido e esgotado.
O presidente da OAB/Brasil é filho de um terrorista. Estamos em boas mãos. Militares já......
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