A internet é uma máquina de isolamento e depressão. E por
falar nisso, a saúde mental também. Muitos jovens têm medo de dormir. Quantos
pais não podem descansar. A sociedade pressiona o governo para internar, marca
da cultura do abandono. E nesta dinâmica de legitimação/deslegitimação saiu a
última resolução do Ministério da Saúde com críticas a decisões antigas na área
da saúde mental. A forma, que pretende esquadrinhar o arcabouço da política do
setor, provoca um confuso debate que mistura hospital, droga e nova hegemonia
política.
Os hospitais psiquiátricos
agonizantes ficaram atentos aos novos ventos quando a política nacional de
enfrentamento do crack e outras drogas, uma urgência e emergência, se valeu da
força política das igrejas evangélicas para se tornar, por meio das comunidades
terapêuticas, um braço da reforma psiquiátrica. Conexões legítimas, embora
forçadas pela política dos tempos da crise e pela queda do confuso governo de
esquerda, lideradas à época por seus prestigiados ministros da Casa Civil e da
Justiça..
Não vejo, assim, sentido de a resolução desconhecer sua
própria história de corresponsabilidade política, pois o que temos agora é uma
adaptação híbrida, iniciada antes do impeachment, a Lei 10.216/2001.
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