Prezados amigos, prezado irmão Benjamin Netanyahu,
Há dois anos estive em Israel. Visitei o Rio Jordão. Por
coincidência, meu nome também é Messias. Senti-me emocionado naquele momento.
Aceitei um chamamento de um pastor da nossa comitiva e desci as ruas do Rio
Jordão, uma emoção, um compromisso, uma fé verdadeira que me acompanhará pelo
resto da minha vida.
Sempre admirei o o povo de israel. Depois dessa passagem,
em um período de pré-campanha e de campanha, citava sempre qual o ensinamento
deveria levar de Israel para o Brasil. Eu falava muitas vezes. Nós sabemos que
Israel não é tão rico quanto o Brasil em recursos naturais entre outras coisas.
Eu dizia: olha o que eles não tem e veja o que eles são. E daí eu dizia para os
meus irmãos brasileiros: olha o que nós temos e o que nós não somos. Como
poderemos ser iguais a eles? Precisamos ter a mesma fé que eles têm.
E com esse sentimento e usando também uma passagem
bíblica, João 8:32, que diz: conhecereis a verdade e ela vos libertará,
conseguimos vencer desafios no Brasil.
Dois milagres aconteceram comigo. Um é estar vivo. Fui
muito bem atendido, num segundo momento, no hospital Albert Einstein, em São
Paulo. Pelas mãos daqueles profissionais de saúde e primeiramente pelos
profissionais de saúde da Santa Casa de Juiz de Fora e com toda a certeza
novamente, pelas mãos de Deus, consegui sobreviver e também ser eleito
presidente da República num clima completamente hostil a minha pessoa. Mas eu
tinha uma coisa que os outros não tinham: eu tinha o povo ao meu lado.
Prezado irmão Netanyahu. É uma honra voltar a Israel.
Realizo essa visita antes mesmo de completar 100 dias de mandato. Meu governo
está firmemente decidido em fortalecer a parceria entre Brasil e Israel.
A amizade entre nossos povos é histórica. Tivemos um
pequeno momento de afastamento. Mas Deus sabe o que faz. Voltamos.
Brasileiros e israelenses compartilham valores, tradições
culturais e o apreço à liberdade e à democracia. Juntas, nossas nações podem
alcançar grandes feitos. Temos que explorar esse potencial. É isso que
pretendemos fazer nessa visita.
Antes de mais nada quero aproveitar para agradecer a
participação do primeiro-ministro Netanyahu na ocasião da minha cerimônia de
posse. Foi a primeira visita de um chefe de poder israelense ao meu país.
Talvez queira expressar a gratidão do povo brasileiro pela demonstração
inequívoca de solidariedade que forneceu Israel no enfrentamento da tragédia de
Brumadinho. Esse gesto jamais será esquecido.
É motivo de muito orgulho para mim e para o povo do país
o papel que o nosso chanceler Oswaldo Aranha desempenhou na criação do nosso
estado de Israel.
Felizmente retornamos para o tratamento equilibrado das
questões do Oriente Médio. O nosso ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos
Pontes, voltou de uma visita a Israel entusiasmodo com as possibilidades de
acordos e parcerias.
A cooperação nas áreas de segurança e defesa também
interessam muito ao Brasil. Eu e meu amigo Netanyahu Pretendemos aproximar
nossos povos, nossos militares, nossos estudantes, nossos cientistas, nossos
empresários e nossos turistas.
Obrigado pela calorosa recepção. Estou certo que teremos
dias muito produtivos e agradáveis.
Eu amo Israel.
Muito obrigado
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