A maioria do povo brasileiro não tem boa memória
política. Pouco lê, pouco sabe. E não domina mais do que quatrocentos palavras.
Se a ignorância (e a estupidez, por tabela)
predomina, como será possível
promovermos a cultura da tolerância, da conciliação e uma virada estrutural no
nosso destino ?
Vários países, com dificuldades originais parecidas com
as nossas, promoveram radicais e progressistas mudanças.
Nas últimas décadas, sobretudo, vivenciamos grandes
viradas culturais, sociais e econômicas. E não apenas por causa do advento da
definitiva emancipação feminina e da
revolução tecnológica, por exemplo.
No campo sócio-econômico, ainda que bastante desigual
entre as nações, nunca dantes a humanidade experimentou tamanhas transformações
positivas.
Globalmente, milhões de pessoas saíram da miséria
medieval. Da escassez à abundância, ainda que desigualmente distribuída.
É verdade que recrudesceu a xenofobia e o fundamentalismo
religioso. Mas o radicalismo de alguns deve-se muito mais a civilização do
espetáculo, os excessos na guerrilha digital e, obviamente, a banalização das
relações humanas.
Em síntese, o que estamos fazendo - internamente - para
promovermos a tolerância, a conciliação e uma virada comportamental? O que nos
impede de definirmos uma agenda nacional de
organização e desenvolvimento?
Se as dúvidas são
toleráveis e perdoáveis ao homem comum e de poucas "letras e luzes",
não é aceitável, porém, que autoridades,
governantes, parlamentares e acadêmicos, principalmente, estejam
voluntariamente algemados aos refrões políticos do passado.
Não é a toa que as últimas décadas representam o que é
chamado de "século da vertigem", da aceleração do tempo histórico e
de "aldeia global". O momento exige uma reação para muito além dos
tradicionais discursos à direita e à esquerda!
Parabéns!!!!
ResponderExcluirTexto maravilhoso e verdadeiro!!!!