Há dias, ponderei a amigos que, após as medidas drásticas necessárias para conscientizar as pessoas do enorme perigo e atenuar a velocidade do contágio, já deveríamos ter um conhecimento mais objetivo do impacto na saúde pública e uma avaliação dos danos que a paralização da economia produtiva causará. Então, uma administração ponderada da crise deveria seguir e manter algumas linhas mestras: a) centralização federal das determinações oficiais, evitando os excessos e desacertos regionais; b) priorização do aparelhamento hospitalar para tratamento intensivo, tendo em vista um temível colapso do sistema de saúde; c) conscientização e apoio às famílias e aos serviços de assistência aos idosos, para que os mantenham em quarentena rigorosa; c) retomada progressiva das atividades gerais, sem nenhum afrouxamento das práticas preventivas.
Agora, leio que epidemiologistas dos Estados Unidos, como o Dr. David Katz, da Universidade de Yale, apontam na mesma direção (brasiljournal. com). Para esse especialista, são três os objetivos fundamentais: salvar tantas vidas quanto possível; garantir que o sistema de saúde não entre em colapso; e evitar a destruição da economia. Nessa linha, ele propõe “proteger e isolar os que correm maior risco de morrer ou sofrer danos de longo prazo — isto é, os idosos, pessoas com doenças crônicas e com baixa imunidade — e tratar o resto da sociedade basicamente da mesma forma que sempre lidamos com ameaças mais familiares, como a gripe.” Vejo que ele detalha ou complementa o que vem sendo apregoado por outro renomado especialista, o deputado médico Osmar Terra.
Entretanto, é indispensável que a comunidade corresponda, à altura, o formidável trabalho dos nossos irmãos profissionais da saúde, que arriscam suas próprias vidas para protegerem as nossas . Isso requer que, não só sejam cumpridas rigorosamente as diretrizes de prevenção, como se dê a eles (e elas) um apoio concreto. Há exemplos a seguir, como o de empresários de Porto Alegre e Bento Gonçalves, entre outros, que levantam recursos financeiros para melhor aparelhar hospitais.
Só juntos, venceremos o terrível vírus
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