Mais um dado aparece para juntar-se ao
debate sobre a "imunização de rebanho" na
Covid-19, aquele tanto da população que
precisa estar imunizado, por contágio ou
vacina, para as curvas de casos e, portanto,
de mortes começarem a cair. Na cidade de
São Paulo, a porcentagem dos portadores
de anticorpo contra o SARS-CoV-2 anda
estável (leia), assim como o número de
novos óbitos registrados diariamente.
Bem, se a velocidade de evolução da curva
diminuiu, é provável que cada infectado
esteja infectando em média apenas mais
um indivíduo. Mas um detalhe chama a
atenção: as projeções iniciais calculavam
que pelos menos 50% da população
precisariam estar imunizados para
chegarmos a esta situação. E chegamos
nela, segundo o estudo paulistano, com o
número em torno de 18%.
Caberá aos cientistas decifrar o enigma.
Haverá gente imune ao novo coronavírus
mesmo sem portar anticorpos? Ou gente
que já teve anticorpos detectáveis e não
tem mais? Especulações à parte, é um
alívio notar que taxas de imunidade mais
baixas que as inicialmente previstas
conseguiram, pelo menos, segurar a
escalada da curva de casos e mortes entre
nós. Não é tudo, mas já é alguma coisa.
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