Gabriela Wolthers, FSB - Pandemia chegou ao platô no Brasil, mas por que a curva não cai ?

Gabriela Wolthers, FSB - Pandemia chegou ao platô no Brasil, mas por que a curva não cai ?

Em 9 de maio, o Brasil atingiu um
patamar simbólico em relação ao
coronavírus: 10 mil mortes.
Praticamente três meses depois
chegamos aos inacreditáveis 100 mil
óbitos.
Em 90 dias, o número se multiplicou
por dez. Onde vamos parar?
A resposta seria mais fácil se já
estivéssemos na curva descendente
de mortes móveis diárias.
A questão, que torna o Brasil um dos
casos mais complexos desta
pandemia, é que estamos com uma
curva estável, o chamado platô,
desde pelo menos o início de junho.
Mas é um platô alto, de cerca de mil
óbitos por dia.
Por que o número não cai?
Pelo fato de o Brasil ser um país
continental, no qual o vírus migra.
Começou nas capitais e foi se
estendendo para o interior, inclusive
de São Paulo. Começou na região
Sudeste e Norte e foi se espalhando
para o Centro-Oeste e Sul do país.
É essa gangorra, na qual o número
de mortes cai de um lado e sobe do
outro, que não deixa curva diminuir.
Por isso mesmo, faz cada vez menos
sentido pensar em uma estratégia
para todo o Brasil.
Isso não significa defender o cada
um por si que reina atualmente.
O sistema teria que estar interligado
para que, dependendo do estágio de
cada lugar, medidas específicas
fossem tomadas.
Mas estamos muito longe de tal
realidade.

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