Caio Mario Paes de Andrade, presidente da estatal Serpro (Serviço de Processamento de Dados), será o novo titular da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia. Ocupará a vaga deixada por Paulo Uebel, que deixou o cargo na 3ª feira (11.ago.2020).
Diogo Mac Cord de Faria irá para o lugar de Salim Mattar, que também decidiu deixar na 3ª feira o cargo de secretário Especial de Desestatização do Ministério da Economia.
Faria é secretário de Desenvolvimento da Infraestrutura da pasta, área que é subordinada à Secretaria Especial de Competitividade. Ele será, portanto, promovido.
O ministro Paulo Guedes (Economia) optou por uma solução de mercado com os 2 nomes. Ambos estavam em cargos públicos, mas trabalharam antes na iniciativa privada. Foram convidados pelo próprio Guedes para integrar o governo no ano passado.
Faria foi consultor da KPMG e diretor da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). É engenheiro de produção com mestrado em administração pública pela Universidade Harvard, nos EUA, e doutorado em regulação do setor elétrico pela USP (Universidade de São Paulo). A escolha do nome é uma vitória do secretário Especial de Competitividade, Carlos da Costa, a quem Faria era subordinado.
Embora apresente 1 currículo de peso, Faria não tem a relevância de Mattar, um empresário de sucesso, fundador da Localiza, que se transformou mais tarde em um defensor de ideias liberais.
A mudança de nome e de perfil, com uma pessoa sem destaque político e empresarial, diminui a chance da privatizações importantes, que eram 1 ponto de honra para Mattar. Mas também reduz a tensão interna no Ministério da Economia, assim como na relação da pasta com o Congresso. Exatamente por ser fervoroso defensor das privatizações, Mattar teve embates com congressistas. No g0verno, se queixava constantemente das dificuldades para fazer com que suas propostas avançassem.
Andrade é empresário nas áreas imobiliária, de tecnologia da informação e agronegócio. Fez mestrado em administração pela Universidade Duke, nos EUA. Não tem peso político, assim como Uebel. Mas diferentemente do antecessor não se queixará da demora do governo em mandar para o Congresso uma proposta de reforma administrativa.
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