Advogado
Até há poucas décadas, o assunto “meio-ambiente” era marginalizado, tanto na política e na economia quanto na imprensa. Aliás, os militantes da causa eram chamados de chatos. Ecochatos!
Mas, paulatinamente, entrou nas conversas e ações de famílias, escolas e governos. Atos simples, mas importantes, como coleta seletiva de lixo e a economia de água e energia.
Motivadas pelo marketing, as empresas incorporaram o tema aos seus processos comerciais e industriais. As ações verdes, os produtos ecológicos e as práticas sustentáveis são os exemplos mais comuns.
A emergência e gravidade da questão climática foi alavancada com a exibição do documentário Uma Verdade Inconveniente, produzido em 2006 e apresentado pelo ex-vice-presidente norte-americano Al Gore.
Embora acusado de ação midiática e de viés comercial, importa reconhecer sua atualidade e relevância. Ultimamente, catástrofes e mudanças climáticas radicais e frequentes têm sido alarmantes e preocupantes.
Alguns climatologistas dizem que a ação humana - por mais predatória que tenha sido ou seja - não é a responsável pelas transformações climáticas.
Afirmam que o planeta periodicamente passa por processos de transformação, períodos de aquecimento alternados com os períodos de esfriamento ou glacialização, fruto de variações das atividades solares.
Mas não divergem apenas os cientistas. Também os diálogos entre as nações estão prejudicados. Os países ricos não querem mudar seu comportamento e seu modelo de produção e consumo. Mas gostariam que os países em desenvolvimento o fizessem, de modo a preservar suas florestas e mananciais hídricos e energéticos.
Já os países em desenvolvimento, entre os quais o Brasil, não querem travar seu “progresso”, e acreditam que a responsabilidade é principalmente dos países ricos e industrialmente desenvolvidos.
Esse parece ser o ponto central na abordagem e tratamento da questão climática. Complexo e desafiador. Uma mudança nos meios de produção e consumo, de modo a reduzir lixo, gases tóxicos, degradação e exaustão dos recursos naturais, etc..., seria possível?
Significa alterar radicalmente o sentido (e a materialidade) de nossa civilização. Mudar o comportamento pessoal e coletivo, modificar e restringir hábitos e consumos.
Objetivamente, seria o sacrifício de uma geração em prol de gerações seguintes. Seríamos capazes de exercitar uma solidariede mundial e superar nossa ignorância e egoísmo?
Grande artigo, Astor. Abraço.
ResponderExcluirUm dia o ecochato cai na real. "Herói" do ambientalismo pede desculpas pelas besteiras: https://climatechangedispatch.com/renowned-green-activist-apologizes-for-the-climate-scare/
ResponderExcluirMuito boa análise... se é pra ser, todo mundo tem que participar... quem produz e quem consome e gera lixo e emissões, por exemplo viajar de avião....
ResponderExcluirQue solidariedade é essa na qual entraríamos com a renúncia de nosso desenvolvimento e os países ricos entrariam com a alegre aceitação da perpetuação de nosso subdesenvolvimento???
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