A estiagem no RS

 O começo do ano de 2022, infelizmente, está sendo marcado pelas altas temperaturas e a falta de chuva no Rio Grande do Sul. Todos nós estamos cientes do quão prejudicados estão diversos municípios gaúchos em razão da estiagem. São milhares de produtores com prejuízos impossíveis de mensurarmos e outras tantas famílias sem acesso à água para consumo. De acordo com a Emater/RS, são cerca de 22 mil famílias.


A soja, por exemplo, é o produto mais exportado pelo agronegócio do Rio Grande do Sul e a escassez da chuva dificultou o plantio e a colheita deste e de outros tantos grãos, além de causar déficit no abastecimento de alimentos na mesa dos brasileiros e torná-los mais caros para o consumidor. Resumindo, todos nós estamos sendo impactados com uma das piores crises hídricas dos últimos dez anos. A Defesa Civil estima que 347 municípios gaúchos estão em situação de emergência devido à estiagem e, de acordo com a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), as perdas financeiras no Valor Bruto da Produção de soja e milho, ultrapassam os R$ 19,77 bilhões.


A Emater/RS contabilizou os prejuízos causados pela falta de chuva. As perdas do milho para silagem já ultrapassam 65% em algumas regiões; a soja, 45%; o feijão, 60%; e a produção leiteira deixa de produzir 2,2 milhões de litros diariamente. São números alarmantes. Economicamente falando, o agronegócio é um dos principais responsáveis por alavancar o Produto Interno Bruto (PIB) do estado gaúcho e do país. O agro brasileiro bateu recorde de exportações em 2021, sem falar que movimenta bilhões de reais todos os anos.



Em 2019, quando assumi a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo do Rio Grande do Sul, através dos bancos de fomento ligados à Sedetur, uma das prioridades eram as liberações de créditos para que os agricultores pudessem investir em irrigação, por exemplo, pois a estiagem é um mal que assola nosso Estado há muitos anos. É desolador vermos as lavouras secas, a perda daquilo que é o “ganha-pão” de muitos e o alimento de milhares de famílias. Como parlamentar, é meu dever buscar soluções junto aos órgãos competentes para tentarmos sanar os danos causados pela estiagem no Rio Grande do Sul. É preciso agir com celeridade.

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