Não se trata do sistema guardião, equipamento usado pela Polícia Federal e Abin, e também por instituições como Brigada e Ministério Público Estadual no RS, mas se trata de um equipamento muito mais sofisticado, de origem francesa, uma maleta que rastreia celulares. E também não é o famoso Pégasus, que segundo o jornalista Jãnio de Freitas ajudaria Bolsonaro (leia nota a seguir).
. Qual é a diferença ?
No seu livro "Assassinato de Reputações", página 283, ao passar informações completas sobre os grampos aplicados nos telefones dos ministros do Supremo Tribunal Federal pelo delegado Protógenes Queiroz durante a Operação Satiagraha, por ordem do governo Lula, o delegado Romeu Tuma Júnior conta como funciona a engenhoca francesa:
- Essa maleta grampeia e derruba os sinais das operadoras, tudo sem fio, tomando o lugar delas. Com ela, é possível identificar números de celulares, seus IDs, rastreá-los, localizá-los milimetricamente, ouvir e gravar suas conversas. Basta, por exemplo, estacionar com o veículo próximo ao local onde a conversa se realiza e captar a frequência do aparelho desejado. Você aponta da janela de um restaurante para o saláo, por exemplo, e ela pega, digamos, os números dos 50 telefones ali presentes, e os mostra no siplay. Você acha o telefone da pessoa a ser grampeada nessa tela e o seleciona, e logo a máquina entra no lugar da companhia telefônica, virando seu provedor.
. A máquina falsifica o torpedo e não deixa rastros. quem possui o equipamento, pode disparar torpedos e fazer ligações com o número grampeado, como se fosse dele. A tele terá o registro das operações efetivamente feitas.
. "Aí você bota a Polícia Federal em cima da pessoa, cujo sigilo telefônico, aí, simn, quebrado judicialmente, legalmente, e basta contrabandear os torpedos entre o dono da linha e quem se deseje incriminar.
. As maletas francesas possuem mecanismos pré-concebidos que inibem a localização dos dados relativos à sua localização. Existem maletas francesas não registradas, segundo Tuma Júnior, página 291, transcrito a seguir na íntegra:
- Alguns órgãos e pessoas possuem essas maletas sem declarar, fruto do superfaturamento na licitação de compras. Neste caso, juizes que requisitam os equipamentos para perícia, não põem a mão.
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