Prezados, presidente David Randon e Conselheiros do CS/CIC
Como ex-presidente dos Conselhos Deliberativo, Conselho Superior e Vice-Presidente da CIC recuso-me a aceitar a Nota emitida em nome dessa Entidade, comentada no Jornal Pioneiro do dia 14, ontem.
Pede a “pacificação Nacional” – ingenuamente - sem prequestionar a injusta conjuntura social e política imposta à sociedade sem ter sido provocada pelos cidadãos deste país.
Caso não conhecesse a boa índole dos integrantes da nossa Entidade diria, que nas atuais circunstâncias, a Nota poderia ser qualificada como um ato de vilania.
Milhares de pessoas, manifestantes desarmados foram presos na porta do QG e conduzidos a um campo de concentração. É imperdoável atribuir a elas cometimento de atos antidemocráticos ou fazer coro a narrativa de alguns órgãos da imprensa que põem acima de tudo seus interesses de sobrevivência comercial ou anistias de dívidas fiscais.
Propor a pacificação nacional no estágio em que nos encontramos significará nossa rendição ao crime e a tirania.
Antes de cometer este ato falho é dever de todos nós reagirmos às ameaças de que “haverá muitas prisões a serem feitas e multas a aplicadas”. Neste rol estão empresários.
Que, segundo o Ministro da Justiça as manifestações serão reprimidas com munição letal e ninguém poderá questionar as candidaturas de portadores de ficha suja. Tampouco, sobre a lisura das eleições, cujos os resultados estão sobre retumbante suspeita de fraude. Suplicar às Forças Armadas para que elas, na forma da Constituição Federal, atendam o apelo popular de obter o Código Fonte das urnas eleitorais, jamais poderia ser tratado como crime.
Desta forma, abro divergência à Nota da CIC, (como conselheiro) que foi assinada pelo Presidente do Executivo e pelos Presidentes dos Conselhos.
Causa estranheza o fato de que dias antes da divulgação houve solicitação de membro do Conselho Superior para que o fossem convocados os três Conselhos, para discutirem em conjunto o assunto e emitir eventual nota com o posicionamento da Casa sobre a situação econômica e conflitos políticos do Brasil.
O Conselho Superior, do qual faço parte, não foi ouvido mais uma vez. Passa-se a duvidar da sua importância estatutária.
Cumprimentos a todos os colegas.
Cons. Marcus Vinicius Gravina
Caxias do Sul – 15.01.2023
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