- O autor é economista e jornalista, Porto Alegre, RS.
Dias atrás, em artigo publicado no Estadão, o mais respeitado jurista brasileiro da atualidade, Ives Gandra Martins, questionou, com desassombrada indignação: " Não sou negro, nem homossexual, nem índio, nem assaltante, nem guerrilheiro, nem invasor de terras...Como faço, então, para viver no Brasil dos dias atuais? Um questionamento que todos os brasileiros com um mínimo de vergonha na cara se fazem. Surreal? Pode ser, mas adequado para definir o nível de calhordice em que aqui chegamos graças, em maior medida, à total e desavergonhada atitude dos que se tornaram tietes de corruptos sem caráter e sem um mínimo de princípios éticos e morais. Sempre digo: nada tenho de restrição a números e à numerologia. O 13, que para milhões causa calafrios e ansiedade, mas prá mim só causa tragédia quando o depositamos nas urnas. Ele representa tudo que de ruim uma sociedade é capaz de sustentar. Ou não. Sob ele se agrupam verdadeiros canalhas, cuja única e principal missão é sugar o húmus da sociedade até provocar sua total falência e destruição. Como bem vaticinou Gustav Le Bon no livro " Psicologia das Multidões", "estamos descendo degraus na escala da civilização". Já não apenas degraus digo eu; o Brasil está mergulhando velozmente nas profundezas da incivilidade, num processo tal que causa dúvidas de que haja como retornar um dia. Essa é a realidade de um grande país cujo destino de ser uma grande nação sofre o boicote - triste reconhecer isso - de milhões de brasileiros inúteis e sem noçâo de sua responsabilidade com a pátria. Por que o Egito é pobre e os EUA rico? À pergunta feita tempos atrás a Noha Hamed, funcionária de uma agência publicitária da cidade do Cairo, em manifestação na Praça Tahir, ela declarou: " Sofremos de corrupção, opressão e educação de má qualidade". Como brasileiro, você faria algum reparo à resposta se formulada a você sobre por que somos uma sociedade pobre e submissa? SILVIO LOPES, jornalista e economista.
O modelo; - modela! Enquanto o mantivermos, seremos terceiro mundistas. Sou favorável aos modelos Monarquistas, parlamentares unicamerais, ou, o modelo de governança das multinacionais, adaptados à estrutura pública!
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