Artigo, Sílvio Lopes - A última trincheira

Sílvio Lopes, jornalista, economista e palestrante.

 "Todas as famílias felizes se parecem entre si; as infelizes são infelizes cada uma à sua maneira". Com essa observação, Liev Tolstoi inicia seu best seller Ana Karênina, que, ao lado de Guerra e Paz elevou o autor ao panteão máximo da literatura mundial.  Nessa obra, Tolstoi se debruçou sobre um certo tratado moral da sociedade russa de fins do século XIX, focando da infidelidade ao amor e expondo os valores da aristocracia da época. A crise das famílias, com suas idiossincrazias diante dos valores morais afetava a sociedade russa e tornou- se, evidente, palco perfeito para o inquieto escritor e observador social. Ah, a família! Não é de hoje, portanto, e em todo lugar, que essa criação de Deus  coloca-se na mira dos que a têm como poderosa inimiga aos seus propósitos de desconstrução do establishment social que permitiu e consagrou o extraordinário desenvolvimento da sociedade ocidental. Do capitalismo e da democracia ocidental, sejamos claros. Fora razões mais restritas e de sua intimidade, as famílias do mundo ocidental são felizes  a começar pela liberdade e conforto que desfrutaram e ainda desfrutam. Esse mosaico  de valores as contempla e promove, sim, à condição de protagonistas de sí próprias, as tornando esteios do ponto de vista moral e ético de toda uma sociedade. É a família, a um só tempo, seu suporte e veículo de propagação e defesa contra seus( hoje não tão ocultos, mas declarados) ferozes e cruéis inimigos. Felizes ou menos felizes, as famílias ainda constituem a verdadeira( senão a única) trincheira de resistência ao suicídio coletivo assistido da sociedade  ocidental orquestrado por seus algozes, muitos dos quais, traidores bem identificados de sua própria nação. O Brasil que o diga, por seus generais e políticos venais. E como os há! A esses canalhas nosso mais profundo sentimento de desprezo e abominação. Jamais terão paz ou serão esquecidos por sua traição a todo um povo que um dia (e por bom tempo) os teve por fiéis escudeiros da paz social, das liberdades e da soberania e unidade nacional. 

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