Silvio Lopes, jornalista, economista e palestrante.
Já no primeiro dia do curso de Jornalismo, o estudante aprende o chamado "beabá" da notícia. Para esta ser completa, rezam os manuais da profissão, é necessário que a notícia atenda cinco essenciais requisitos que são os seguintes: O que? Quem? Onde? Quando? Como? Geração após geração, os jornalistas foram preparados para assim proceder. Era a "regra de ouro" a ser obedecida. Eu diria, a condição necessária, embora não suficiente, para se tornar um bom jornalista e dar salvaguarda de credibilidade à própria notícia. Eu disse "era". E há sobradas razões para tal. Refiro-me a alguns dos grandes veículos de comunicação nacional que, travestidos de folhetins ideológico- partidários, deliberadamente escamoteiam a boa informação ao tratá-la, em sua essência e conformação, apenas considerando o "Quem" é o sujeito envolvido. Conforme esse Quem, o restante torna-se acessório, sem conotação de conter o bem, ou espalhar o mal. Não precisa muito esforço prá perceber que falamos do jornalismo hoje praticado pelos grandes veículos da mídia escrita e televisiva nacional. É esse, sem dúvida, um desserviço escandaloso que tais veículos de comunicação - a rede Globo e suas comparsas, em especial- fazem, para desacreditar de vez e jogar no lixo a respeitabilidade do jornalismo brasileiro, construída ao longo do tempo, enfrentando sobressaltos e desafios que todos conhecemos. Quando, descaradamente, um mesmo fato/evento envolve alguém, autoridade ou não, do espectro político conservador, de direita, é de antemão condenado, quando não criminalizado; de outro lado, se progressista, de esquerda, festejado, e até, idolatrado, antes de mais nada. Tristes tempos esses os que vivemos! Tempos de desmoralização total e completa de nossos costumes, nossas tradiçôes e cultura, de nossas instituições mais caras e prioritárias. Até a notícia já nasce comprometida. Não com os fatos, como seria o óbvio de se esperar; mas, isto sim, sendo apropriada e adulterada pelo mau caratismo de uma gentalha que, verdadeiramente, não vale o que come
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