Artigo, Silvio Lopes - Mornos, jamais!

Sílvio Lopes, jornalista, economista e palestrante.

      É no interior das democracias verdadeiras, onde vicejam e se digladiam as contradições( não nas que criminalizam opositores, caso atual do Brasil), que se forjam as nações livres e prósperas. A história da civilização mostra que esse axioma linguístico é a fonte( talvez única), em que germina o ambiente social e político mais conforme à natureza humana. À sua grandeza e semelhança ao Criador.

      Heráclito de Éfeso, considerado o Pai da Dialética, deixou registrado que "é da luta dos contrários que nasce a harmonia". A persistência na luta dos contrários, ao final e ao cabo- e só dessa maneira- é que permitirá a uma sociedade alcançar um chamado mínimo de "senso comum" entre o que lhe serve e o que não serve para se tornar desenvolvida, próspera e justa. É inquestionável.

        Esse é o ponto central que move uma sociedade que sequer sabe o que quer, em que se transformar, como a nossa, a brasileira.

      Nesse caso, a polarização política atual é bem vinda, precisava acontecer e até mesmo se exacerbar. Do caloroso, e por vezes, irracional, debate dos contrários, surgirá a luz que tornará claro o caminho que devemos trilhar.

      Nossa mentalidade morna, até pouco tempo atrás( deixar de se envolver na política e tomar posição), foi mortal para chegar aonde chegamos: muito próximos de entregar o país aos que nos querem infligir uma tirania comunista( desumana por natureza), da qual será, quem sabe, improvável nos livrarmos.

    Ser quente ou frio, eis a questão. Mornos, jamais. A Laodicéia dos tempos de Jesus, e sua igreja, foram mornas com sua fé e suas obras, mortas, é claro. A tal ponto de o Mestre revelar "sua vontade de vomitar essa igreja de sua boca".

       Vamos ter voz, não sermos eco do inconsequente e vazio. Agora é chegada a hora de, literalmente, mudarmos o jogo e não permitirmos que o jogo nos mude, conforme há mostras indisfarçáveis desse propósito. Isso tudo, para a felicidade geral da nação. Ou, melhor dizendo, para a alegria e o regozijo da parte dela que ama, de verdade, as liberdades, e quer o melhor para este abençoado país.


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