Rogério Mendelski
AS CONTRADIÇÕES DO ATRASO
Uma corrente de pensamento está embretada na Assembléia
Legislativa, pois suas contradições estão expostas à opinião pública gaúcha.
Explico como se fosse um desenho. Quando o governador José Ivo Sartori
decidiu se desfazer de nossas estatais e fundações para tirar o Rio Grande de
um enorme atoleiro financeiro que deixava o estado imobilizado para qualquer
investimento, a gritaria veio do lado mais reacionário e conservador da
Assembléia.
Reacionário por que reagiu às intenções de Sartori e
conservador por que defende a tese do quanto pior, melhor. No atual contexto da
moderna gestão pública, o estado não deve competir com a iniciativa privada por
uma razão óbvia: ele é incompetente, não sabe administrar e precisa se
concentrar nos serviços essenciais: saúde, segurança, educação e
infraestrutura. Logo, desfazer-se de outras atividades ainda sob seu controle é
uma necessidade que não pode ser adiada.
Parte 01 - O que fez o governador? Tratou de sondar as
bancadas partidárias na Assembléia para vender algumas estatais que se dizem
lucrativas e que são dominadas pelas suas corporações. A resposta foi um
protesto com alguma coerência da oposição: como são empresas estatais e
públicas, “elas pertencem ao povo do Rio Grande” e só ele pode decidir sobre o
destino delas.
Parte 02 – Sartori concordou com a reação da oposição e
decidiu ouvir o “o povo do Rio Grande” propondo um plebiscito – a
mais democrática forma de uma sociedade se expressar sobre o que lhe pertence
quando perguntado oficialmente. É assim em qualquer grande nação
democrática.
Parte 03 – A oposição não quer saber de plebiscito e
revelou-se contrária à sondagem popular a respeito da venda das estatais. Ou
seja: os deputados que se elegeram com o voto dos gaúchos não querem ouvir
falar sobre a possibilidade de o “povo do Rio Grande” se manifestar a respeito.
Parte final - Mesmo que não tenha sido de
propósito, o governador Sartori desnudou uma oposição que gosta de voto para se
eleger, mas não gosta de ver o povo votando e decidindo sobre o futuro do
estado onde ele vive, trabalha e cuida de sua família. O atraso vai
impedir que o Rio Grande fique mais administrável e mais moderno? Um plebiscito
resolveria tudo.
Eu só não alcanço entender como um cara, um jornalista de estol, como o Rogério ainda se mantém numa organização jornalistica que, a cada hora, dia, momento reza ainda mais pela cartilha do atraso, do quando pior melhor. A uma pessoa sensata, não pode haver um átomo de dúvida em relação ao estorvo dessas estatais sugadoras do - escasso - dinheiro público. Mas aos telmos flores, jurandires machados, nandos da vida, tá tudo bem, e tem que assim continuar. Vanguarda do atraso, gente ainda focada em meados do séculos XX quando ainda não se sabia por interiro a enganação do sistema socialista soviético. Rogério, cai fora. Vá pra qualquer outro lugar, menos nesse antro de atraso e corporativismo que faz horas extras para terminar de quebrar a nossa rádio Guaíba, como já quebraram o centenário Correio do Povo.
ResponderExcluirA lógica da esquerda brasileira é assim: quando estão no governo, é Democracia; quando estão na oposição é porque o governo é dazelites...ou ditatorial.
ResponderExcluirPara eles, esquerdistas brasileiros, povo só é bom para colocá-los no Poder; jamais para dizer o que eles devem fazer.
Só na América Latina ainda tem gente apoiando esses falsos líderes.
Acho que este João Paulo aí m cima não entendeu nada do comentário do Rogério
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