O IPCA-15 de maio registrou alta de 0,14%, de acordo com os dados divulgados ontem pelo IBGE. O resultado veio abaixo da mediana das expectativas do mercado (0,26%). A surpresa foi espalhada, com destaque para os itens de alimentação fora do domicílio e passagens aéreas.
O recuo do indicador em relação a abril, quando houve alta de 0,21%, foi explicado principalmente pela deflação dos preços de alimentos e transportes. Os preços de alimentação fora do domicílio recuaram 0,3% no período, compensando a ligeira alta de 0,1% dos preços de alimentação no domicílio. Já o grupo de transportes passou de uma alta de 0,12% para uma queda de 0,35%, em virtude dos recuos dos preços de passagens aéreas, etanol e conserto de automóvel. Tais movimentos compensaram o avanço dos preços da gasolina, que já reflete parte da alta das cotações do petróleo. No sentido oposto, chama a atenção as altas de 0,45% dos preços de habitação e de 0,76% de saúde e cuidados pessoais. Enquanto o grupo habitação foi pressionado pelo aumento das tarifas de energia, dado o acionamento da bandeira amarela e a conclusão dos processos tarifários em 4 regiões pesquisadas, os preços de saúde foram impactados pelo reajuste de medicamentos. Os núcleos e a inflação de serviços mantiveram a tendência de queda, indicando que os componentes mais sensíveis à atividade econômica seguem baixos.
Com esse resultado, o IPCA-15 acumulou elevações de 2,7% nos últimos doze meses e de 1,2% neste ano. Para o IPCA final de maio, espera-se uma variação em torno de 0,23%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário