Em reunião ordinária realizada ontem, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou a meta para a inflação de 2021 em 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,50 ponto percentual para mais e para menos.
As metas para 2018, 2019 e 2020, definidas anteriormente, continuam sendo de 4,50%, 4,25% e 4,00%, respectivamente, com o mesmo intervalo de tolerância.
A decisão de ontem, adotada em um momento conjuntural de deterioração do balanço de riscos para a inflação de curto prazo, como tem sido reconhecido pelo Banco Central, mantém a tendência de queda gradual da meta, o que tende a levar o Brasil para padrões internacionais nos próximos anos, favorecendo a continuidade do recuo estrutural da taxa de juros. Segundo comunicado divulgado pelo Ministério da Fazenda – que, com o BC e o Ministério do Planejamento, faz parte do CMN –, “esta perspectiva da inflação foi beneficiada pelo redirecionamento da política econômica e a adoção de reformas e ajustes que, combinados com a condução da política monetária, permitiram reancorar as expectativas de inflação”. Vale registrar que 3,75% é a menor meta desde 2004, estabelecida inicialmente nesse mesmo patamar, mas ajustada posteriormente para 5,50%. A decisão de redução adicional reforça a percepção de que as pressões altistas recentes sobre os preços tendem a ser temporárias, não contaminando o médio e longo prazos. Ao mesmo tempo, a medida aperfeiçoa institucionalmente o regime de metas de inflação no Brasil, adotado em 1999, bem como reflete o ganho de credibilidade da política econômica nos últimos anos.
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