O Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado hoje, reforçou a sinalização de que o plano de voo atual do Banco Central é o de manutenção da taxa Selic em 6,50%, a menos que a evolução do balanço de riscos e a disseminação do choque cambial seja maior para os preços.
Isto é o que analisam hoje os economistas do Bradesco.
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A exemplo do que ocorreu nesta semana com a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), as pressões de curto prazo sobre a inflação são temporárias e estão associadas aos efeitos da paralisação recente no setor de transportes de cargas. Nesse sentido, a autoridade monetária espera o “arrefecimento das taxas mensais” nos próximos meses. Sob o cenário com taxas de juros e câmbio constantes, a projeção de IPCA para este ano passou de 3,6% no RTI de março para 4,2% na leitura atual, enquanto a de 2019 oscilou de 4,0% para 4,1%. Sob o cenário com câmbio e juros do mercado, as projeções passaram de 3,8% para 4,2% e de 4,1% para 3,7%, respectivamente, nos dois períodos. Nesses dois cenários e em outros dois considerados, as projeções de inflação estão abaixo, porém próximas, das metas de 4,5% e de 4,25% para 2018 e 2019. O BC voltou a afirmar que a conjuntura atual prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com juros abaixo da taxa estrutural. Para o crescimento deste ano, o Relatório reduziu a projeção anterior, de 2,6% para 1,6% Avaliamos que, condicional aos dados, ao grau de repasse do câmbio e à ancoragem das expectativas, o Copom manterá a Selic estável nas próximas reuniões.
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