Artigo, Fábio Jacques - Como acabar com o PT.


O mapa da distribuição dos votos desta eleição mostra claramente que o grande reduto petista continua sendo o nordeste.
O nordestino, ainda que segundo Euclides da Cunha seja, “antes de tudo um forte”, continua sendo um povo sofrido vítima da seca e do populismo.
O medo do nordestino do sertão e do agreste, de perder o auxílio governamental materializado através do “bolsa família”, o qual, ainda que minimamente, tem atenuado as agruras provocadas pela impiedosa mão madrasta da natureza, faz com que procure manter no governo aqueles que se dizem detentores do poder de lhes distribuir estas migalhas.
Em todos os recantos foi disseminada a mensagem de que, saindo o PT acabaria este benefício. Esta mensagem já havia sido espalhada durante a campanha de 2014, inclusive aqui mesmo em Porto Alegre. Bastava ligar para os diretórios do PT para ficar sabendo que o Aécio acabaria com o “bolsa família”. Agora ocorreu o mesmo com o Bolsonaro.
Pois bem. Bolsonaro prometeu depurar os desmandos que acorrem neste programa de distribuição de renda e, com a eliminação dos carrapatos criminosamente incluídos no rol dos realmente necessitados, proporcionar um décimo terceiro aos que realmente merecem o auxílio. Acho muito justo.
Mas a grande sacada é implementar outra promessa, muito mais impactante que é a importação da tecnologia de cultivo no deserto desenvolvida, com grande sucesso, pelos israelenses nos seus kibutz. E Israel quer colaborar.
O clima de Israel é semelhante ao do agreste brasileiro e a produção de alimentos é tão abundante que sobra para exportar para vários países da Europa.
Garantindo o “bolsa família” incrementado pelo décimo terceiro e disseminando a tecnologia da irrigação por gotejamento e do máximo aproveitamento da água, o nordestino fatalmente chegará à conclusão que, ao invés de ajuda-lo, os governos anteriores o mantiveram vivos apenas como uma escrava fonte de votos populistas.
Se conseguir fazer com que o nordestino do agreste e do sertão realmente comecem a sair da extrema miséria por seu próprio trabalho, secará a fonte dos votos “do medo” e o PT e seus puxadinhos ficarão reduzidos aos pseudo- intelectuais e aos grupos radicais de esquerda.

O autor é CEO da Jacques - Gestão através de Ideias Atratoras, Porto Alegre, www.fjacques.com.br. fabio@fjacques.com.br

2 comentários:

  1. Com vontade politica e executora, é possível acabar com a industria da seca e libertar esses irmãos da escravidão da água

    ResponderExcluir
  2. "As agruras provocadas pela impiedosa mão madrasta da natureza". Isso foi piada? Maranhão, o estado de pior IDH do Brasil, não tem um milimetro quadrado no polígono da seca! O que existe, é um coronelismo canalha, que provocou uma completa inversão de valores culturais e não estimulou seu povo a superar a pobreza à qual se acostumou. Alie-se a isso, uma representação política incompatível com sua importância econômica, deu poderes aos políticos locais a perpetuarem suas dinastias atrasadas, preocupadas em enriquecer e escravizar a população.

    ResponderExcluir