O mapa da distribuição dos votos desta eleição mostra
claramente que o grande reduto petista continua sendo o nordeste.
O nordestino, ainda que segundo Euclides da Cunha seja,
“antes de tudo um forte”, continua sendo um povo sofrido vítima da seca e do
populismo.
O medo do nordestino do sertão e do agreste, de perder o
auxílio governamental materializado através do “bolsa família”, o qual, ainda
que minimamente, tem atenuado as agruras provocadas pela impiedosa mão madrasta
da natureza, faz com que procure manter no governo aqueles que se dizem
detentores do poder de lhes distribuir estas migalhas.
Em todos os recantos foi disseminada a mensagem de que,
saindo o PT acabaria este benefício. Esta mensagem já havia sido espalhada
durante a campanha de 2014, inclusive aqui mesmo em Porto Alegre. Bastava ligar
para os diretórios do PT para ficar sabendo que o Aécio acabaria com o “bolsa
família”. Agora ocorreu o mesmo com o Bolsonaro.
Pois bem. Bolsonaro prometeu depurar os desmandos que
acorrem neste programa de distribuição de renda e, com a eliminação dos
carrapatos criminosamente incluídos no rol dos realmente necessitados,
proporcionar um décimo terceiro aos que realmente merecem o auxílio. Acho muito
justo.
Mas a grande sacada é implementar outra promessa, muito
mais impactante que é a importação da tecnologia de cultivo no deserto
desenvolvida, com grande sucesso, pelos israelenses nos seus kibutz. E Israel
quer colaborar.
O clima de Israel é semelhante ao do agreste brasileiro e
a produção de alimentos é tão abundante que sobra para exportar para vários
países da Europa.
Garantindo o “bolsa família” incrementado pelo décimo
terceiro e disseminando a tecnologia da irrigação por gotejamento e do máximo
aproveitamento da água, o nordestino fatalmente chegará à conclusão que, ao
invés de ajuda-lo, os governos anteriores o mantiveram vivos apenas como uma
escrava fonte de votos populistas.
Se conseguir fazer com que o nordestino do agreste e do
sertão realmente comecem a sair da extrema miséria por seu próprio trabalho,
secará a fonte dos votos “do medo” e o PT e seus puxadinhos ficarão reduzidos
aos pseudo- intelectuais e aos grupos radicais de esquerda.
O autor é CEO da Jacques - Gestão através de Ideias
Atratoras, Porto Alegre, www.fjacques.com.br. fabio@fjacques.com.br
Com vontade politica e executora, é possível acabar com a industria da seca e libertar esses irmãos da escravidão da água
ResponderExcluir"As agruras provocadas pela impiedosa mão madrasta da natureza". Isso foi piada? Maranhão, o estado de pior IDH do Brasil, não tem um milimetro quadrado no polígono da seca! O que existe, é um coronelismo canalha, que provocou uma completa inversão de valores culturais e não estimulou seu povo a superar a pobreza à qual se acostumou. Alie-se a isso, uma representação política incompatível com sua importância econômica, deu poderes aos políticos locais a perpetuarem suas dinastias atrasadas, preocupadas em enriquecer e escravizar a população.
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