Entrevista, Murilo Hidalgo, Paraná Pesquisas - Se a eleição fosse hoje, Bolsonaro enfrentaria Alckmin ou Haddad no segundo turno


Nesta última pesquisa de intenções de votos, o Instituto Paraná Pesquisas voltou a incluir Lula da Silva na lista de candidatos. A que se deve esta insistência em incluir um nome sabidamente fora da disputa? 
R.: Temos incluído o nome do candidato Lula nas pesquisas, pois o partido registrou a sua candidatura no TSE e desta forma, até que o TSE decida pela validade ou não dos registros, precisamos incluir todos os nomes de candidatos(as) que estão com a candidatura registrada.

Por que razão vocês não apresentam cenários para segundo turno?
R.: Consideramos que ainda está muito cedo para esse tipo de pergunta. Pensando na qualidade das respostas em nossas pesquisas, optamos por fazer questionários mais enxutos e desta forma, no momento, tomamos a decisão de fazer outras perguntas.

De que modo o Instituto Paraná Pesquisas enxerga a evolução de votos de Bolsonaro ao longo das pesquisas e se ele poderá crescer ou cair com o início oficial da campanha?
R.: De acordo com as últimas pesquisas divulgadas pelo Instituto Paraná Pesquisas, o candidato Jair Bolsonaro se mantém estável, ou seja, nem subindo, nem caindo. Como não há tendência de subida ou de queda do candidato, será necessário aguardar o início oficial da campanha para verificar como se comportará o eleitor.

Bolsonaro irá ou não para o segundo turno, mantido o cenário até agora apresentado?
R.: Se a eleição fosse realizada nos próximos dias, diria que a probabilidade é muito grande.

O que poderá impedir que isto aconteça?
R.: São dois fatores que podem impedir que um candidato mantenha a preferência do eleitor: desconstrução de sua imagem e não conseguir convencer o eleitor que possui o preparo necessário para ser Presidente do Brasil. Isso é para qualquer candidato e não apenas para o candidato Jair Bolsonaro.

Caso Bolsonaro vá para o segundo turno, qual o adversário mais provável que ele enfrentará?
R.: Se tivesse que apostar hoje, apostaria em Geraldo e Fernando Haddad, no caso deste ser o candidato do Lula. Mas é apenas uma aposta. Será necessário aguardar o andamento das eleições.

Será todos contra um?
R.: Não acredito. Deverá ocorrer uma disputa entre os candidatos Ciro, Marina e Haddad e do outro lado entre os candidatos Jair Bolsonaro, Geraldo e Alvaro.

Ao substituir seu candidato, Lula poderá transferir com eficácia seus votos para um novo poste, no caso, Fernando Haddad, como fez com Dilma?
R.: Há uma expectativa muito grande em relação a isso. Resta saber se isso se concretizará. Dependerá muito do andamento da campanha e em que momento ocorrerá a substituição.

Os eleitores identificam Fernando Haddad como poste? Se identificam, enxergam isto como um mal ou como um bem?
R.: Pelos últimos dados que temos, a opinião pública ainda não relaciona de forma direta Fernando Haddad a Lula. Quanto ao benefício ou prejuízo dessa relação, só o tempo poderá confirmar.

Qual o peso que o enorme tempo de TV de Alckmin, Meirelles e Haddad jogarão a favor deles e contra candidatos como Bolsonaro, que não têm tempo algum?
R.: Tenho dito que se essa eleição se pautar de forma tradicional, ou seja, com as mídias tradicionais como grandes influenciadores da opinião do eleitor, o tempo de Geraldo e Haddad (se esse vier a ser o candidato do Lula) poderá fazer diferença para eles. Todavia, não está me parecendo que essa eleição será baseada na forma tradicional. As mídias alternativas, como internet, mídias sociais, etc, deverão ter uma grande influência tanto quanto as mídias tradicionais.

A TV e o rádio continuarão contando com peso enorme nas decisões de votos ou a internet já joga papel relevante no processo? E que papel?
R.: Quando começar o horário eleitoral, o peso da rádio e da TV devem aumentar.

Quem será identificado pelo eleitorado como candidato do governo Temer? Isto ajudará ou prejudicará o candidato?
R.: Pelas pesquisas, a popularidade do Presidente Temer é muito ruim e isso, inicialmente, prejudicará o candidato Meirelles, podendo “respingar” em Geraldo, por conta da sua base de apoio.

Até que ponto os eventos da Lava Jato prejudicarão candidatos envolvidos diretamente ou através dos seus Partidos ou aliados de outros Partidos?
R. Os que não tiverem envolvidos e nem “companheiros” envolvidos, deverão ter grande vantagem sobre tema.

Um bom candidato a vice-presidente ajuda o candidato?
R.: Se não tiver problemas, já ajuda muito, mas dificilmente um(a) candidato(a) a Vice-Presidente decide uma eleição.

Ana Amélia ou Manuela, qual delas terá mais votos?
R: Baseado nas últimas pesquisas divulgadas pelo Instituto Paraná Pesquisas no Rio Grande do Sul, a Senadora Ana Amélia possui uma força eleitoral maior, por outro lado, Manuela D´Ávila, devido ao fato de ter sido pre candidata à Presidente, projetou o seu nome nacionalmente. Mais uma vez será necessário aguardar.

Qual delas ajudará mais o candidato a presidente?
R.: As duas de forma de forma diferente.

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