"Mães & pais pela Democracia" diz que é apartidário. Leia nota do grupo.


Prezado Jornalista Polibio Braga,

 Nós, integrantes do Mães&Pais pela Democracia, nascido no último trimestre de 2018 na Escola Rosário, em Porto Alegre, e que hoje congrega 37 escolas privadas e públicas, 5100 associados(as) e simpatizantes em várias cidades do Estado do Rio Grande do Sul, com a finalidade precípua de defender a liberdade de cátedra de todo(a) professor(a) e a livre expressão de alunas e alunos, de reafirmar o compromisso de educar com amor e liberdade, zelando pelas diversidades que nos constituem como seres humanos plurais e únicos nas nossas diferenças, assim como, pelas múltiplas formas de ensinar e aprender, próprias do Estado Democrático de Direito, sobejamente explicitadas no texto constitucional e nas demais normas do ordenamento jurídico brasileiro, como na Lei nº 9.394/1996, conhecida por Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), acompanhamos com grande preocupação a matéria veiculada no seu Blog (link: https://polibiobraga.blogspot.com/2019/02/grupo-maes-pais-pela-democracia-e.html) no dia 16/02/2019, às 5:30. Isso porque, nos termos dos arts. 5º, IV, V, XIV, XVII, XVIII, XXI, XLI, LIII; 205, 206; 209 e 214/CF c/c arts. 2º, 3º, 4º da Lei nº 13.188/2015, esse post sonega ao seu público leitor a verdade dos fatos, como preconiza o bom jornalismo, ao qual, acreditamos, o senhor se filia.
Com efeito, diferentemente da ilação consignada por Vossa Senhoria desde o título do mencionado post “Grupo Mães & Pais pela Democracia é aparelho do lulopetismo do RS”, cumpre esclarecer que o movimento Mães&Pais pela Democracia não é partidário, inobstante tenha sido esta a sua interpretação, ou versão, no linguajar jornalístico. Como um movimento e, em breve, uma associação civil, somos, coletiva e institucionalmente, apartidários, o que pressupõe como corolário, por óbvio, o respeito ao exercício democrático da livre expressão de quaisquer manifestações e identidades, sejam elas de gênero, étnico-racionais, geracionais, partidárias, de credos religiosos, etc., por parte dos seus membros e/ou simpatizantes, de modo individual. Ora, não seria razoável conceber o oposto, já que a democracia implica a convivência com as diferenças e com o contraditório, bem como, a tolerância entre perspectivas diversas, precisamente porque substratos da nossa condição humana e também associativa.
De igual modo, não assiste razão ao senhor jornalista quando infere que uma mera curtida em uma rede social a um então representante eleito do Poder Legislativo gaúcho, que, entre outras causas, defende a da educação, possa definir, a priori, um alinhamento partidário em particular do movimento. Se assim o fosse, por amor à verdade, senhor jornalista, o pejo deveria recair não sobre o Lula + PT (“lulopetismo”), mas sobre o PSOL, Partido de Pedro Ruas. A mesma lógica impera no caso de Miguel Rossetto. 
Por outro lado, senhor jornalista, não custa relembrar que apartidarismo não se confunde com o antipartidarismo. Por ser um movimento – repita-se – apartidário, o estatuto de nossa associação civil não veda o ingresso de pessoas que exerçam noutro espaço de atuação atividades político-partidárias ou que tenham declarado publicamente o seu voto, inclusive em favor do atual presidente eleito. O que une os nossos associados é a defesa dos princípios e valores da democracia. Quando o senhor jornalista divulgou em seu blog, em 15 de fevereiro último, uma foto de perfil da presidente de nossa associação com o tema da candidatura de Fernando Haddad à presidência da República, deixou de informar que de onde essa foto fora livremente extraída de sua rede social encontra-se outra com o tema da candidatura de Ciro Gomes à presidência da República, devidamente publicada durante o primeiro turno da última eleição presidencial. Num movimento apartidário como o nosso, tais preferências políticas da presidente de nossa associação, que não é filiada à partido político, são irrelevantes. Observa-se que o antipartidarismo agressivo é prejudicial à democracia e, por isso, não compactuamos com essa ideia.
Ficamos, ainda, bastante estarrecidos com a sua derradeira manifestação no citado post, a saber: “O grupo foi impedido de se reunir no interior do Colégio Rosário, onde houve forte reação de pais que não querem saber de lavagem cerebral na escola(...). Haverá reação.” Ora, jornalista, nosso movimento guarda um diálogo muito estreito com as Direções das escolas em que estudam
nossos(as) filhos(as), a exemplo da do Rosário. Em nenhum momento, nosso grupo foi impedido de quaisquer aspectos por parte da escola Rosário, seja porque não temos nenhuma interface com lavagens cerebrais, ou “doutrinações” de nenhuma ordem, seja porque nosso intuito é eminentemente colaborativo e conforme ao que estabelecem a Constituição Federal e as Leis do nosso país, relativamente a garantia do direito humano à educação. O que, de fato, ocorreu, no dia 15 de fevereiro pela manhã, foi uma reunião de representantes do nosso coletivo com profissionais da Direção da escola Rosário, na qual se pactuou que pelo número expressivo de mães e pais participantes da 1ª edição do Café Democrático, especificamente nessa escola, berço do nosso movimento, como também para evitar qualquer tipo de acirramento de ânimos em relação àqueles(as) que vociferam inverdades, de forma pública ou anônima, como parte substantiva dos comentários que se seguiram ao seu post, na audiência de um dos blogs mais acessados do sul do país, como registras no cabeçalho do seu endereço na Internet, as atividades ocorreriam na praça pública em frente ao colégio, o que, de fato, ocorreu, sem prejuízo de atividades similares simultâneas promovidas por mães e pais de outras escolas privadas, e mesmo públicas, integrantes da nossa rede. 
Outrossim, não nos ficou claro ao que o senhor se refere com a frase de efeito derradeira: “Haverá reação.” Esperamos, por amor à liberdade e à democracia que dela não decorra nenhum juízo de incentivo à beligerância ou à violência, visto que, tanto quanto o prezado jornalista, rechaçamos toda prática violenta, seja ela verbal, ou física, simbólica, ou concreta, entre outras. 
Diante do exposto, e considerando o apreço à verdade, ao bom jornalismo, às garantias constitucionais, sustentáculos do Estado Democrático de Direito, e ao direito de resposta, fulcro no art. 2º e seguintes da já citada Lei nº 13.188/2015, requer-se que esses esclarecimentos sejam publicados, na íntegra, no seu blog, como gizado pelo art. 5º da mencionada lei que regula o direito de resposta. Caso isso não ocorra em 48h (quarenta horas), nosso movimento, como nos conclama a democracia, estudará a reparação dos danos gerados à nossa imagem coletiva e/ou institucional junto ao Poder Judiciário.
Certo da sua atenção e atendimento, despedimo-nos, colocando-nos à inteira disposição para novos diálogos a respeito.

Porto Alegre, 20 de fevereiro de 2019.

Cordialmente,

ALINE KERBER
Presidente
Associação Mães&Pais pela Democracia


MARCELO PRADO
Vice-presidente
Associação Mães&Pais pela Democraci

7 comentários:

  1. É o rabo agitando o cachorro. E estamos proseados!

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  2. COMUNISTA É UM SUJEITO QUE FALA MUITO BLA BLA BLA, MENTINDO SEMPRE, PARA TENTAR JUSTIFICAR O INJUSTIFICÁVEL! É SEMPRE A MESMA RONHA!

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  3. Quase uma declaração de como conviver em um cortiço, tendo o kid bengala como síndico

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  4. Todo esse arrazoado(falei bonito), não me convenceu. Conheço bem esses colégios católicos, defendem essa esquerda comunista, esquecendo que são os primeiros a sofrer qdo eles chegam ao poder ABSOLUTO - procurem em livros de história saber como o governo republicano espanhol agiu contra a igreja católica, após tomarem o poder em 1933.

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  5. Desesperados por não saberem perder, talvez já se desempregando de boquinhas cafajestes de empregos públicos administrados pelo lulopetismo, socialistas nojentos que observam que o Brasil mudou, mas não aceitam, por isto RESISTEM (?!), formam este grupo PÃNDEGO, hilário e minúsculo, comprometendo educandários sérios e tentando instituir a PEDOFILIA EDUCACIONAL COMUNISTA. Ora, calem-se JÁ!

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