A Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab) divulgou ontem a estimativa de março para a safra
brasileira de grãos 2018/19, que está em desenvolvimento. A produção total de
grãos registrou uma elevação de 3,4% em comparação com o último levantamento,
chegando ao patamar de 235,3 milhões de toneladas. A estimativa de área
plantada também foi revisada para cima e está prevista em 63 milhões de
hectares.
Tanto a soja quanto o milho
tiveram revisões altistas. As perspectivas positivas para a safra de milho,
que está em andamento, aumentam a probabilidade de incremento nos estoques
finais. Nesse sentido, dadas as condições de demanda interna e externa, o
cenário no curto prazo é de pressão baixistas sobre os preços nacionais. Do
ponto de vista da soja, o cenário é semelhante: estoques finais foram
revisados de 605 para 969 mil toneladas, colocando viés de queda de preços no
curto prazo. Tal viés será materializado caso não haja nenhuma surpresa
positiva do ponto de vista do consumo interno e das exportações.
Em direção contrária, o IBGE, através do Levantamento
Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), apresentou uma possível redução da
quantidade produzida de soja, em comparação com o mês de março (-0,8%).
Condições climáticas desfavoráveis, principalmente nos Estados do Paraná, São
Paulo e Mato Grosso do Sul, teriam contribuído para o possível arrefecimento
da produção. Para o caso do milho, a previsão é de elevação tanto da produção
quanto da área plantada. O relatório, em linha com a Conab neste ponto, prevê
uma elevação da safra total de grãos, em cerca de 1%. De forma geral, as
perspectivas de produção são favoráveis e o Brasil deverá colher uma safra
maior do que a evidenciada em 2018, o que deve contribuir tanto para amenizar
a inflação de alimentos quanto para acelerar o PIB agrícola.
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Saiba por que a boa safra de grãos favorecerá controle da inflação
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