O cenário prospectivo de inflação ao consumidor ganhou
mais uma sinalização positiva hoje, com a divulgação do IPC-Fipe de abril, que
registrou alta de 0,29%. O indicador, que mede a variação de preços em São
Paulo, é um importante antecedente para a inflação nacional e, em linha com
nossa expectativa, mostrou um importante recuo nos preços de Alimentação –
principal influência baixista do número. O grupo passou de uma alta de 1,75%
para outra de 0,23%, refletindo principalmente o recuo dos preços dos produtos
in natura. Além disso, feijão e frango também contribuíram de maneira
importante para a desaceleração no mês.
A tendência de arrefecimento do índice – que em março
variou 0,51% – corrobora a tendência de queda nos preços de produtos
agropecuários ao produtor, conforme observado nas últimas divulgações do IGP.
No mesmo sentido, Habitação e Transportes recuaram em relação ao mês anterior, por
conta de energia elétrica e combustíveis, respectivamente. Por outro lado,
Despesas Pessoais e Saúde avançaram na passagem de março para abril, sendo que
neste último grupo reflete-se principalmente o reajuste de preços de produtos
farmacêuticos, de acordo com a sazonalidade esperada. Esperamos, para as
próximas divulgações, continuidade do movimento de arrefecimento de preços.
Ressaltamos, todavia, possíveis riscos altistas à frente, a serem monitorados –
como a possível alta de combustíveis, por conta da dinâmica do petróleo
internacional, e de proteínas, por conta da redução de oferta de suínos na
China.
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