O prefeito Nelson Marchezan Júnior assinou, nesta
terça-feira, 24, contrato com a empresa Maciel Auditores para realizar estudos
de viabilidade econômico-financeira, jurídica, contábil e técnico-operacional
da Carris. O diagnóstico, que deverá ter a primeira fase pronta em 180 dias,
será utilizado para criar contextos de reestruturação da empresa. “A ideia é
fundamentar criteriosamente quais serão os melhores cenários para a sua
evolução. A partir disso, encaminharemos uma solução de longo prazo, seja pela privatização
ou outro caminho que permita a sustentabilidade por muitos anos”, explica o
secretário de Parcerias Estratégicas, Thiago Ribeiro.
O início do estudo que definirá o futuro da Carris
acontece no melhor momento da empresa nos últimos anos. A diretora-presidente,
Helen Machado, comunicou que a companhia registrou lucro líquido de R$ 124 mil
pela primeira vez desde agosto de 2012, quando o montante foi de R$ 292 mil. Em
meio à crescente queda de passageiros (de 19,8% em 2019), a prefeitura obteve redução
de 74% nos prejuízos contínuos da empresa, o que representa um valor de R$ 55
milhões. “O lucro é o propósito de uma empresa, seja ela pública ou privada.
Esse resultado representa todo o esforço de um trabalho que foi feito pela
administração na busca incessante pelo reequilíbrio econômico-financeiro”,
enfatiza Helen.
O prefeito Nelson Marchezan Júnior aproveitou para
anunciar o envio de projeto de lei à Câmara de Vereadores que pede a
autorização para o financiamento de R$ 40 milhões na Caixa para renovar a frota
de ônibus da Carris. O objetivo é adquirir 87 ônibus modernos e equipados com
GPS, ar-condicionado e acessibilidade para qualificar o atendimento aos 141 mil
cidadãos transportados diariamente em Porto Alegre.
Marchezan atribui os avanços ao esforço de dois anos e
meio da equipe de governo para reequilibrar as finanças. Em 2017, o rombo nas
contas da empresa era de R$ 74,2 milhões. “Mudamos a realidade e revertemos um
cenário em que a Carris pagava para os ônibus circularem. Todo esse esforço
será coroado com a ampliação da frota de 347 ônibus, que percorrem diariamente
5,2 mil km em 2,7 mil viagens”, destaca.
Conforme o secretário de Infraestrutura e Mobilidade
Urbana, Marcelo Gazen, o transporte coletivo é uma das prioridades desta
administração. “Desde 2017, temos nos empenhado para aprimorar nossa base de
dados com a meta de qualificar a estratégia de negócios e melhorar a tomada de
decisão da Carris”, observa.
Déficit histórico
- Com um déficit de R$ 74,2 milhões, a atual gestão
assumiu em 2017 com o propósito do reequilíbrio financeiro;
- Ao elaborar um plano de gestão, foi possível reduzir
para R$ 43 milhões negativos o resultado já no primeiro ano de implantação;
- Em 2018, foram R$ 19,2 milhões de prejuízo, uma redução
de 74% em relação a 2016, o que representa diminuição de R$ 55 milhões no
déficit;
- Até agosto de 2019, o resultado financeiro atingiu R$
11,2 milhões negativos.
A PMPA brincando de empresa de ônibus e a população querendo saúde, educação e saneamento.
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