“Existem hábitos arraigados, uma cultura mesmo de que
homens não cuidam da própria saúde e é preciso mudar isto”, aponta Carlos
Antônio da Silva, coordenador da Saúde do Homem, da SES/RS. Estes hábitos
arraigados levam a adoecimentos que poderiam ser evitados ou amenizados.
“Depressão, por exemplo, é comum, mas geralmente não falada, não tratada. Tudo
é velado”. Além da próstata, outros tipos de câncer acometem a população masculina,
entre eles pulmão, garganta e esôfago, principalmente em função do fumo. Também
as doenças cardiovasculares são muito comuns. “As tensões do cotidiano, o modo
de vida, a falta de atividade física contribuem para os adoecimentos”, observa
Carlos. A população masculina, acrescenta, não está habituada sequer a
verificar seus marcadores metabólicos como pressão, batimentos cardíacos,
colesterol.
Ele manifesta ser fundamental esta mudança cultural, ao
mesmo tempo em que é necessária a adoção de novos hábitos, como mais ingestão
de água. “Tomar menos sucos, refrigerantes, bebidas alcoólicas”, diz. Também
desenvolver atividades físicas, como caminhadas, ingerir menos açúcares e
gorduras, bem como fazer atividades de lazer. “Estes são fatores importantes
para alguém durar mais e com qualidade”.
O Novembro Azul, mês de atenção à saúde do homem, será
marcado pela divulgação de um vídeo nas redes sociais, a partir desta
sexta-feira, dia 1º. Também será exposto um “varal” sobre os cuidados com a
saúde do homem, durante o mês, no andar térreo do Centro Administrativo
Fernando Ferrari (Avenida Borges de Medeiros, 1501, Porto Alegre). E, dia 12,
será exibido o documentário “Silêncio dos Homens”, um filme que discute a
masculinidade tóxica e aborda as dores, qualidades, omissões e processos de
mudanças dos homens. Será apresentado em dois horários: das 9h às 11h e das 15h
às 17h, no auditório do Centro Administrativo, com debate a seguir. É aberto ao
público.
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