o A economia segue sua trajetória de recuperação, apesar dos dados do segundo trimestre. Com isso, mantivemos nossa estimativa de queda do PIB de 2020 em 4,5% e esperamos alta de 3,5% no próximo ano. Entretanto, a pergunta que resta é o que ocorrerá com essa retomada quando os estímulos forem removidos da economia.
o O desafio fiscal permanece no radar. Para garantir uma trajetória sustentável da dívida nos próximos anos, o ajuste das contas públicas, com foco no dispêndio, é fundamental, principalmente para pensarmos em crescimento econômico e juros de equilíbrio. Nesse sentido, o cumprimento do teto de gastos se torna cada vez mais importante.
o As sinalizações de compromisso com as reformas, somadas ao cenário mais positivo de atividade doméstica dão espaço para a apreciação da moeda no restante do ano. Por essa razão, estimamos que a taxa de câmbio encerre o ano em R$/US$ 5,20, reconhecendo que o nível sugerido pelos fundamentos, com aprovação de reformas, é abaixo de R$/US$ 5,00.
o A inflação ao consumidor segue comportada, mas há riscos altistas de curto prazo no radar. As medidas de núcleo continuam bastante abaixo do centro da meta, enquanto os itens mais ligados à cadeia industrial, por sua vez, têm registrado repasse da depreciação cambial, dentro do padrão observado nos últimos anos. Diante disso, esperamos que a Selic permaneça em 2,00% até o final deste ano e que encerre 2021 em 3,00%.
Economia Global: retomada mais forte do que o esperado, mas riscos persistem
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