o A dinâmica da economia brasileira segue favorável neste trimestre. Após a incorporação das surpresas positivas, refletindo a resiliência de diversas atividades frente às restrições de mobilidade, indicadores recentes apontam para continuidade dessa melhora. Com a reabertura, as vendas do varejo cresceram 1,8% na passagem de março para abril. Ao incluir os segmentos de veículos e de materiais de construção, expansão chegou a 3,8%. Na mesma direção, e até surpreendendo as expectativas, o faturamento do setor de serviços avançou 0,7% no mesmo período. Contudo, a escassez de insumos e o baixo nível de estoques seguem como fatores limitantes da indústria. De fato, a produção de veículos recuou 2,7% em maio ante abril, segundo a Anfavea.
o A inflação não deve dar alívio tão cedo. Ainda que as pressões de custo possam ceder nos meses à frente, o processo de reabertura da economia impõe um desafio importante para os preços de serviços e temos que considerar a aceleração vinda dos preços de energia elétrica. O IPCA subiu 0,83% em maio, acima das expectativas (0,71%) e acelerando em relação a abril (0,31%). O índice foi pressionado, em grande medida, pelos preços de energia elétrica e combustíveis. Além disso, a inflação de serviços ganhou força e a dos bens industriais seguiu pressionada. Dessa forma, a média dos núcleos de inflação acelerou de uma alta de 0,33% para outra de 0,55% entre abril e maio. Por outro lado, a primeira prévia do IGP-M de junho subiu 1,24%, com moderação em relação a maio, quando houve variação de 2,68%. Esse arrefecimento ocorreu em função dos preços agrícolas no atacado, que perderam força seguindo a valorização do câmbio e a queda das cotações nas últimas semanas.
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