A atividade doméstica e a inflação têm se mostrado mais resilientes do que o esperado. Com dados até o início deste mês, o PIB demonstra sinais de aceleração em relação ao final de 2021, impactando, inclusive, a dinâmica da arrecadação fiscal e das contas públicas. Revisamos nossa expectativa de crescimento do PIB de 1,0% para 1,5% em 2022.
Entretanto, a inflação segue pressionada e disseminada. Diante de um ambiente de surpresas positivas com o mercado de trabalho, elevando os desafios de desinflação para o restante do ano, promovemos uma revisão na expectativa de IPCA de 2022 de 6,9% para 7,5%.
Nesse contexto, os resultados fiscais de curto prazo seguem benignos. A arrecadação tem surpreendido e esperamos um superávit primário de cerca de R$ 11 bilhões para o setor público consolidado.
A síntese do cenário é desafiadora para o Banco Central. Após a última decisão do COPOM de elevar a Selic para 12,75% ao ano, o comitê expressou a possibilidade de promover outra alta de juros. Nosso entendimento é que o BC irá, agora, encerrar o ciclo de política monetária em 13,25%.
Nenhum comentário:
Postar um comentário